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Governo financia Casa da Cultura de Cabo Verde no Senegal

O Governo entrará com uma quantia de aproximadamente 6 mil contos de um orçamento total de 13 mil contos para a construção desse sonho. Trata-se de uma reivindicação antiga da comunidade cabo-verdiana no Senegal, e principalmente em Thiés cuja presença naquela cidade data de 1940 e que em tempos foi das mais importantes e activas no Senegal e em África.

Hoje em menor número, perto de 600, pois muitos voltaram a emigrar para países como a Holanda ou os Estados Unidos, ou deslocaram-se para a cidade de Dakar e outros países vizinhos, essa comunidade continua bastante activa, como comprova este ambicioso projecto da Associação de senegalo-cabo-verdianos de Thiés.

O edifício será, como ela mesmo explica um espaço de encontro e de lazer, mas também de formação e aprendizagem com cursos diversos, mas sobretudo um espaço de divulgação da cultura cabo-verdiana e um espaço de encontro de culturas, onde os senegaleses e outras comunidades residentes aqui no Senegal poderão conviver e trocar experiências com a Comunidade.

Grande parte do montante prometido por Cabo Verde já está dipsonivel à Associação, de acordo com o Presidente do Instituto das Comunidades, Alvaro Apólo, através do Fundo de Apoio Social às Comunidades, sendo que a outra parte deverá ser avançada em tempo oportuno.

"Penso que vai revolucionar um pouco o panorama aqui no Senegal a criação de um espaço que seja uma presença permamente de cultura, da informação, um espaço que promova a integração dos cabo-verdianos", afirma.

Também a Comunidade em Dakar já reivindica um espaço idêntico na capital senegalesa,  sendo que tanto o Governo quanto a Embaixada estão a par de mais esse desafio.

No que concerne à obra cuja primeira pedra foi agora lançada, é um projecto ambicioso e que irá comportar numa primeira fase uma sala polivalente para recepções e actividades de lazer, reuniões, seminários, um attelier de aperendizagens de trabalhos manuais para as crianças, uma sala de formação artística e de cultura tradicionais e um posto de saúde para toda a região e uma sala de leitura de documentações sobre Cabo Verde. Numa fase posterior será construído um restaurante de gastronomia crioula, escritorios e qusrtos para hóspedes.

Da parte do Primeiro Ministro, este mostra-se orgulhoso do projecto que será, de facto, uma grande bandeira de Cabo Verde e uma forma de manter acesa a ligação desses cabo-verdianos com a terra-mãe.

Neves promete todo o apoio do Governo, "enquanto não estiver colocada a última peça de mobiliário na Casa".

Todavia, não esquece de apelar à Comunidade que "a melhor forma de serem cabo-verdianos é serem também bons senegaleses". Isto é, que sejam sempre activos nas questões daquele país e que procurem se integrar ao máximo e participar nas decisões lá, através do seu voto para que possam ter força e fazer valer os seus interesses.

Veja mais mais informação neste link sobre a Comunidade reivindica a nacionalidade comunidade_reivindica a nacionalidade cabo-verdiana.