O Governo de Cabo Verde, através da Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Dra. Miryan Vieira, esclareceu, hoje, numa conferência de imprensa, que não existe qualquer intenção de adesão à NATO, ao contrário do que foi alegado pelo presidente do PAICV, sublinhando que “tais considerações não correspondem à verdade”.
A possibilidade de criação de bases militares estrangeiras em Cabo Verde nunca foi discutida com parceiros ou entidades externas, nem faz parte da política externa e de defesa nacional do país.
O Conceito Estratégico de Defesa e Segurança, aprovado em novembro de 2024, tem como foco a segurança marítima e a proteção da soberania nacional. No debate parlamentar de junho de 2024, o Governo apresentou a possibilidade de uma parceria com a NATO no âmbito do Programa de Parceria Personalizada (Individually Tailored Partnership Programme), centrada na segurança marítima cooperativa.
Durante a recente Cimeira Portugal-Cabo Verde, o Primeiro Ministro Ulisses Correia e Silva reafirmou essa intenção de cooperação com a NATO, sem nunca mencionar adesão à organização.
É importante lembrar que, em 2006, Cabo Verde acolheu a operação Steadfast Jaguar da NATO, sem que houvesse qualquer especulação sobre adesão.
O Governo reafirma o compromisso com uma política externa coerente, baseada nos interesses estratégicos nacionais e na cooperação internacional para o desenvolvimento e segurança do país.