O Governo está a envidar esforços com vista à aquisição de equipamentos com “tecnologia de ponta” que permitam a monitorização do vulcão na ilha do Fogo, visando evitar “consequências catastróficas”, afirmou esta quarta-feira, 03, na Praia, o ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território.
Antero Veiga fez estas declarações no encerramento de um workshop sobre a erupção vulcânica do Fogo subordinado ao tema “Trabalhos Realizados, Dificuldades e Lições Aprendidas”, promovido pelo Ministério da Administração Interna, através do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros.
O governante fez saber que há “informações científicas” que preocupam as autoridades do país.
“Há sinais evidentes de fissuras no cone principal e deslizamentos de lavas à procura de novos pontos de estabilidade para o período dormente”, declarou o ministro, acrescentando que o Governo está a envidar esforços para a “aquisição e instalação urgente” de equipamentos com tecnologia de ponta que permitirão monitorizar o tal fenómeno.
Relativamente a Chã das Caldeiras, Antero Veiga é peremptório ao afirmar que “não é recomendável fixar residência” nessa localidade e avisou que “não há espaço para teimosias, por mais legítimas que sejam as pretensões de algumas pessoas que possam querer ali instalar-se”.
“Ainda não conseguimos devolver a tranquilidade à população de Chã das Caldeiras. Entendemos o grau de ansiedade, as expressões de descontentamento, a insatisfação”, frisou, para depois advertir que não se pode aceitar o desacato à Autoridade do Estado, “ muitas vezes instigado por atitudes oportunistas”.
Com a escolha de Achada Furna, como localidade para a edificação do novo assentamento, adiantou Antero Veiga, acções vão ser aceleradas, nos próximos meses, para devolver a tranquilidade à população de Chã das Caldeiras.
Assim, anunciou que o Governo está a desencadear um conjunto de medidas tendentes à criação de condições jurídico-legais, materiais e técnicas que viabilizem o reassentamento.
De acordo com o ministro, entre as medidas que estão a ser adoptadas, para minimizar o sofrimento dos deslocados de Chã das Caldeiras, destaca-se o uso e ocupação do solo para o reassentamento em Achada Furna, bem como o regime de concessão de moradias construídas, incentivos fiscais e financeiros, e a cooperação com os municípios da ilha.