O primeiro-ministro destacou a necessidade de Cabo Verde “posicionar-se cada vez mais, de uma forma competitiva e sustentável” no mercado global. Para Ulisses Correia e Silva, que falava, esta segunda-feira, 18, no ato de encerramento do Iº Fórum Nacional do Ambiente e Turismo, na ilha da Boa Vista, o país deve fazer crescer mais o turismo, com sustentabilidade e com maior efeito multiplicador sobre as economias das ilhas.
Isso, disse, salvaguardando e valorizando os ativos como a segurança e a estabilidade política, social e económica, bem como melhorar as conectividades que liga o país entre si e ao mundo em termos de transportes, telecomunicações, internet e na qualificação do capital humano.
Para o Primeiro-ministro, com o turismo a crescer e a um ritmo exponencial, mostra-se indispensável “assegurar” que esse crescimento seja “acompanhado de medidas mitigadoras” e de equilíbrios que conciliem o crescimento dos investimentos e dos fluxos turísticos com um modelo de turismo sustentável, inclusivo e de qualidade.
Para isso, garante que o Governo está a reforçar e a melhorar medidas de planificação, de ordenamento e de valorização das áreas protegidas, e tem dado atenção especial à requalificação urbana e ambiental das cidades e das localidades, assim como à habitação.
“São condições para que o turismo se desenvolva numa envolvente de qualidade de vida dos cidadãos e de coesão social. É nesse sentido que, particularmente na Boavista e no Sal, o Governo está a investir mais de dois milhões de contos na requalificação das zonas de barracas”, indicou o primeiro-ministro.
Para Ulisses Correia e Silva o crescimento do turismo não pode continuar a provocar o crescimento de barracas e de zonas problemáticas em termos de habitação, de saneamento e de segurança. Por isso, “Temos que antecipar os fenômenos e construir soluções que facultem ofertas de habitações que acompanhem os ritmos dos investimentos em hotéis”.
Neste sentido, apontou os investimentos que o governo tem vindo a desenvolver com vista a um turismo de qualidade e inclusivo, nomeadamente o estatuto de utilidade turística que “está a ser revisto”; os incentivos específicos criados para a promoção de pequenos estabelecimentos hoteleiros e de acomodação e do turismo de habitação, enquadrados no programa “uma família um turista”; bem como a certificação de qualidade da oferta turística que está a ser trabalhada, assim como a institucionalização das Carteiras Profissionais no setor do turismo.
Portanto, o caminho “já está traçado”, considerou o chefe do governo, ajuntando que é um “compromisso e responsabilidade” que dever ser feito “num ambiente de aproximação e diálogo” desempenhando cada um o papel que lhe cabe com eficiência e qualidade. O Governo, as câmaras municipais e os Operadores Turísticos.
O Primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, encontra-se ilha da Boa Vista, numa visita de dois dias, acompanhado de uma equipa ministerial para inteirar-se das obras em curso, visitar algumas localidades e povoados da ilha, bem como reunir-se com Operadores Turísticos.
