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Governo e empresários apontam a parceria para melhoria do ambiente de negócios

Executivo e empresários reuniram-se, este final de semana para discutir várias propostas dos empresários com o intuito de melhorar o ambiente de negócios em Cabo Verde e promover o crescimento da economia. Uma iniciativa da Associação dos Jovens Empresários, muito bem acolhida pelo Governo e que o Primeiro-Ministro acredita, será importante para ajudar a acelerar as reformas em curso e colocar Cabo Verde no top 50 do “Doing Business” em termos de competitividade nos próximos anos, objectivo esse ao alcance de Cabo Verde, acredita José Maria Neves.

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Após uma longa reunião que demorou para lá das duas horas, as partes envolvidas parecem terem saído satisfeitas como deu conta o Chefe do Executivo que falou à comunicação social sobre os objectivos dessa reunião “de alto nível”, que é a assinatura de um pacto para a melhoria do ambiente de negócios em Cabo Verde.

“A AJEC irá elaborar um conjunto de propostas para assinar um pacto com o Governo em relação a mudanças a introduzir no ambiente de negócios, no apoio às micro, pequenas e médias empresas e às empresas criadas por jovens, para podermos acelerar o crescimento da economia e a geração de emprego”, elucidou José Maria Neves.

Nessa óptica, várias propostas dos empresários foram abordadas na reunião, em vários domínios, desde reformas no sector financeiro ao ensino Superior, todos com o ambicioso objectivo de promover as Ilhas ao top 50 no ranking do Doing Business, em termos de ambiente de negócios e melhorar significativamente a competitividade da economia nacional, no prazo de três anos, conforme explicou o Chefe do Executivo. Cabo Verde, recorda-se, encontra-se actualmente no 122º lugar do referido ranking, embora seja de mencionar que em 2010 e 2011 o país fez-se constar no top 10 daqueles que mais reformas promoveram nesse período, fruto do pacote de reformas que está a ser implementado por esta governação no âmbito do programa “Mudar para Competir”.

É um objectivo ambicioso, confessa Neves, porém perfeitamente ao alcance do país segundo o Primeiro-Ministro, alegando que o Governo já está, inclusive, num processo amplo de reformas para conseguir esses objectivos da melhoria da competitividade do país e do ambiente de negócios, dentro do programa supracitado.

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Questionado ainda sobre algum cepticismo e críticas que vêm dos empresários que, alegadamente, acusam o Governo de mostrar grande capacidade de teorização e elaboração de projectos e faltar em capacidade de implementação dos mesmos, Neves refuta tal ponto de vista, lembrando que há poucos anos atrás Cabo Verde nem sequer figurava no ranking do “Doing Business”, porque nem sequer era avaliado. Hoje, graças às muitas reformas e aos resultados concretos dessas reformas o país já costa e vai melhorando a sua posição a cada ano. Inclusive, recorda, não foi há muito tempo, 2010 e 2011, que o país conseguiu estar entre os 10 melhores em termos de reformas conseguidas em termos de melhoria de ambiente de negócios, como já se fez referência. “As pessoas são extremamente severas”, defende sobre a injustiça das acusações.

Da reunião ficou assente que entre as grandes dificuldades, por parte dos empresários, estão Entre as principais dificuldades estão o acesso ao crédito, a problemática dos transportes inter-ilhas, das infraestruturas, da comunicação, energia e água, que, entre outras, o Governo prometeu continuar a investir na melhoria desses aspectos e outros identificados no encontro, frisando, entretanto, a necessidade desse pacto entre Executivo e empresários que serão importantes na concretização dos objectivos preconizados. “Queremos que o sector privado seja o motor da economia”, afirma.