Após uma reunião que demorou cerca de três horas, entre o Primeiro-Ministro e Ministro da Reforma, José Maria Neves, a AJEC e as instituições de apoio ao empresariado, todas as partes parecem ter saído confiante de que novas soluções identificadas no encontro irão propiciar a melhoria nas relações entre o empresariado e a administração pública.
Logo após o encontro, o Presidente da Associação dos Jovens Empresários Cabo-verdianos (AJEC), Paulino Dias foi a voz do “optimismo” da jovem classe empresarial de que com esta reunião estarão criadas melhores condições para responder às demandas colocadas pelos associados que representa, nomeadamente ao que diz respeito ao financiamento dos seus empreendimentos e projectos.
Nesse âmbito, a reunião serviu para a AJEC apresentar um leque de dez “grandes propostas”, segundo Dias, que pretendem ajudar a melhorar o ambiente de negócios para as micro e pequenas empresas “esperando que tais soluções possam ir de encontro às expectativas e aos desafios apresentados pelos jovens empresários na última reunião ocorrida recentemente com o Primeiro-Ministro.
Uma dessas soluções tem a ver com a constituição de uma equipa de acompanhamento e que possa assegurar a implementação do Regime Especial para as micro e pequenas empresas no “mais curto espaço de tempo possível, Lei essa aprovada na semana passada no Parlamento, e que Dias confia, irá dar resposta “a um leque enorme de problemas hoje enfrentados pelas empresas”.
Outras soluções vêm responder às necessidades de financiamento em que a AJEC apresentou uma “série de propostas”, bem como no que toca ao relacionamento entre empresários e a administração pública, a criação de um dispositivo, com o auxílio das novas tecnologias, que permita identificar e comunicar os problemas e obstáculos, seja ao nível dos serviços da administração ao nível central e/ou municipal, sendo esse mais um canal de articulação que se cria para o melhor relacionamento com os empresários.
Um outro tema de discussão tem a ver com o agendamento de uma reunião extraordinária do Conselho de Concertação Social para debater as reformas económicas e sociais que o Presidente da AJEC diz subscrever, reconhecendo, entretanto, que “o diálogo entre o sector privado e o Governo vem melhorando substancialmente”, repisando naquilo que é a posição do Chefe do Governo, de um “maior pragmatismo” na abordagem aos desafios e identificação e implementação de soluções.
Sobre o relacionamento com as empresas, o Primeiro-Ministro refere que “há um conjunto de medidas em curso, temos é de acelerar a operacionalização dessas medidas e garantir que todos os serviços, de forma articulada e integrada trabalhem para a prestação de melhores serviços aos jovens empresários cabo-verdianos”, neste caso.
No que tange ao acesso ao financiamento, que é o grande desafio, José Maria Neves salienta o esforço do Executivo com várias iniciativas e soluções já implementadas e ou em curso. É o caso do Fundo de Garantia Mútua, a CVGarante, faltando agora instalar o Fundo de Contragarantia Público para que o sistema de garantia mútua possa efectivamente funcionar, tendo ficado aqui o compromisso do Governo de agilizar esse processo até Julho ou Agosto próximo, como deu conta o PCA da ADEI, Franz Tavares.