O Governo quer que o Instituto Cabo-verdiano para a Coorporate Governance seja uma realidade para breve. Esta convicção foi hoje, 29, manifestada pelo Ministro das Finanças, Olavo Correia, no ato da assinatura de um protocolo de implementação com a ISCEE. Apelou ao engajamento dos privados à causa.
O Ministro das Finanças começou por justificar a importância do Instituto Cabo-verdiano para a Coorporate Governance como sendo uma peça-chave para a formação do Cabo Verde que este Governo pretende erguer, onde as empresas serão o foco. “O sucesso do nosso país está completamente atrelado à boa performance das nossas empresas”, reforçou Olavo Correia, defendendo que a promoção das melhores práticas de gestão terá que ser uma luta constante de todos.
Com o Instituto Cabo-verdiano para a Coorporate Governance “o Governo está a criar um Ecossistema de Gestão de Excelência tanto para as empresas públicas como privadas. Neste sentido, teremos que continuar a cultivar as melhores práticas de gestão, através do ensino, conferências e seminários, divulgação do quadro legal, para que, nomeadamente através da comunicação social, possamos fazer desses elementos que são marcantes para o nosso futuro, uma prática e uma atitude nacionais” defendeu Olavo Correia, ao enfatizar que esta iniciativa terá que partir de todos, desde os gestores, colaboradores, “mas também dos cidadãos que precisam e devem intervir para que tenhamos um país melhor a cada por do sol”.
Segundo Olavo Correia, o Instituto Cabo-verdiano para a Coorporate Governance será um mecanismo privado. E explicou, “não foi por acaso que convidamos o ISCEE para liderar este processo. Queremos que mobilize e lidere todas as instituições privadas da República na montagem deste organismo de modo a fazermos dessas boas práticas um estilo de vida” sublinhou o titular da pasta da Finanças, sem deixar de enfatizar que o Governo vai apoiar lá onde for necessário a implementação deste projeto que segundo advoga tem que ser apropriado pelos privados.
Por seu turno, a presidente da Cooperativa do Ensino Superior (COOPENSINO) enquanto entidade instituidora do Instituto Superior de Ciências Económicas e Empresariais (ISCEE), Maria Duarte Almeida, congratulou-se “com o facto de o Governo estar engajado em fomentar, designadamente através da criação do ICG, um bom governo das sociedades, que assegura mais eficiência na utilização dos recursos e na promoção do desenvolvimento, reforça a participação, a responsabilidade e a responsabilização e tem o potencial de emancipar as pessoas da pobreza”.
Realçou ainda que esse conhecimento “precisa ser difundido por instituições de ensino superior, precisa ser valorizado por interações com os diferentes tecidos da sociedade, nomeadamente o económico e o cultural, porque a diferença faz-se pelo conhecimento novo que resulta das atividades de investigação e de desenvolvimento tecnológico”.