Notícias

Governo decide extinguir a Sonerf por falta de viabilidade económica

Conforme avançou o Ministro, a Sonerf nos últimos anos teve um volume muito pequeno de obras e não conseguiu faturar o suficiente para assumir os seus compromissos, nomeadamente com o pagamento de salários, INPS e consequentemente sem capacidades de fazer investimentos.

O Ministério da Agricultura e Ambiente convocou ontem a imprensa, para comunicar a decisão do Governo de extinguir a Sonerf – Sociedade Nacional de Engenharia Rural e Florestas.

Conforme avançou o Ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, em conferência de imprensa, as razões para esta decisão prendem-se essencialmente com a falta de viabilidade económica da Sonerf no contexto atual. “A Sonerf vem registando resultados líquidos negativos, consequência da perda sistémica e progressiva do volume de negócios. Esta queda tem a ver com o fato de que as atividades levadas a cabo pela Sonerf, serem também executadas pelos privados, que laboram em condições mais concorrenciais”.

Conforme avançou o Ministro, a Sonerf nos últimos anos teve um volume muito pequeno de obras e não conseguiu faturar o suficiente para assumir os seus compromissos, nomeadamente com o pagamento de salários, INPS e consequentemente sem capacidades de fazer investimentos.

“Baseando nestes aspetos, o Governo, após auditorias e análise económicas feitas por especialistas, chegou à conclusão que a melhor solução era extinguir a Sonerf, uma solução mais vantajosa para todos, dando assim uma melhor perspetiva aos trabalhadores e uma melhor economia institucional”, disse.

De realçar que o Ministro teve um encontro com todos os trabalhadores, e os mesmos já estão devidamente informados sobre o assunto, ficando a garantia de que todos os seus diretos serão salvaguardados, ao primado da lei laboral e outros dispositivos legais.

“Os trabalhadores já estão a par de todas as informações, pude falar diretamente com eles durante um encontro para socialização da decisão do Governo sobre esta matéria. Ficou decidido que uma parte dos funcionários serão absorvidos pela empresa ADR e os restantes que estão em idade de reforma vão para a reforma antecipada e os que não se enquadram nas duas opções serão indemnizadas”.

O Ministro avançou ainda que parte das   obrigações da Sonerf serão passadas à Empresa Água de Rega, bem como os   ativos e a continuação dos trabalhos que já se encontram em andamento.  Em relação aos passivos, o governante avançou que estes serão assumidos pelo Estado.