O Governo tomou nota dos dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas, que confirmam o crescimento do PIB, referente ao ano de 2011, em quatro por cento.
O facto mereceu a consideração do Conselho de Ministros, reunido esta tarde, principalmente porque elas, também, superam as previsões menos optimistas que apontavam para um crescimento na ordem dos 1,7%.
Tal prestação da nossa economia é vista como algo reconfortante para os cabo-verdianos, na óptica deste Executivo, ainda mais porque, o Governo não tem feito segredo disso, vêem num momento particularmente exigente, tendo em conta o actual cenário de crise global e o forte impacto deste na economia nacional.
Todavia, como já fizera referência recentemente o Primeiro-ministro, o mais importante é o país continuar a crescer, como aliás tem acontecido, ainda que não no ritmo desejável. Contudo, importa sublinhar que atingir um crescimento de 4% nos tempos que correm é muito bom!
Tal performance é ainda encorajadora e estimula o Governo a prosseguir com as medidas que propiciem um maior crescimento e possa aumentar a resiliência da economia nacional aos choques externos. Entre essas, estão o desenvolvimento de políticas macroeconómicas sãs que possam estimular o crescimento do tecido empresarial e criar novos empregos, mas também a continuidade de uma postura de rigor e contenção no sentido da melhor gestão da coisa pública.
Todavia, não deveremos nunca confundir a necessidade de alguma contenção com austeridade que ainda recentemente o Primeiro-Ministro, José Maria Neves veio a público garantir aos cabo-verdianos o firme compromisso de não enveredar por tal caminho que, no entender do Governo, só viria a a acentuar os impactos da crise. De novo, o combate à crise não se faz com cortes indiscriminados nas contas, mas sim com prudência e com medidas, por vezes corajosas, como tem sido apanágio desta governação, de estímulo ao crescimento económico, através da criação propícia de um melhor ambiente de negócios para a germinação de novas empresas, bem como para a solidificação das já existentes.
É nessa linha que o Executivo vai executando a sua visão de Transformação do País, assente, em grande parte na criação de condições e oportunidades para a internacionalização das empresas nacionais, sobretudo, no espaço da CEDEAO. O forcing, felizmente com resultados positivos, para o aumento do número de comissários e para a indigitação de um comissariado tão importante para a implementação de toda esta visão estratégica como é o sector das TIC e Telecomunicações, que Cabo Verde, de agora em diante tem a honra e responsabilidade de conduzir ao nível do Executivo da CEDEAO, é consequência desta visão e instrumento fundamental para abrir novas portas e janelas de oportunidade à expansão das empresas nesse sector.
E, claro, há o sector do turismo, claramente o motor da economia nacional que vai dando sinais claros de alguma pujança e de alguma retoma da normalidade no que diz respeito ao resumir de alguns projectos hoteleiros em curso e que estavam estagnados até há certo tempo, em virtude do momento económico internacional menos favorável, caso, por exemplo do Dunas Beach resort na ilha do Sal. Só este empreendimento deverá garantir emprego a mais de 700 jovens.
Da mesma forma, o Governo vai desenvolvendo toda uma estratégia para o reforço de sectores como as energias renováveis, as telecomunicações, o Agro-negócio, através do programa de mobilização de água, por exemplo – de referir que neste sábado o Primeiro-Ministro procede à inauguração de mais uma barragem em Faveta, São Salvador do Mundo, o desenvolvimento do «cluster do mar».
Os programas de apoio aos micros e pequenos empresários, as reformas ao nível da administração pública, mais notoriamente o programa de Reforma «Mudar para Competir» e as «100 Medidas» para o aprimoramento do ambiente de negócios no país e para a criação de novas oportunidades de negócios. Vale recordar que esse esforço com o Mudar para Competir já valeu o reconhecimento internacional de Cabo Verde entre os dez países mais reformadores em 2011.
Com calma, persistência, e uma visão estratégica clara de futuro, as cabo-verdianas e os cabo-verdianos, “dor a dor”, “amor a amor”, no dizer do poeta e que o Chefe do Governo José Maria Neves tantas vezes faz referência, “vamos construindo o Cabo Verde dos nossos sonhos”.
Vamos continuar juntos, cabo-verdianas e cabo-verdianos, com confiança no futuro a construir este país, procurando acelerar o ritmo de transformação de Cabo Verde.