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Governo atento à situação difícil de cabo-verdianos em São Tomé

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves comentou a situação difícil em que vive a comunidade cabo-verdiana em São Tomé e Príncipe e que, correm agora, segundo dois investigadores cabo-verdianos, o risco de perderem, inclusive, os seus terrenos, afirmando que o Governo irá continuar a trabalhar em articulação com os governos de São Tomé e Príncipe e também de Portugal para ajudar a melhorar as condições de vida dessas pessoas.

Esta é uma questão complexa e uma matéria muito sensível, frisa José Maria Neves que reconhece a situação difícil porque passam esses cabo-verdianos e sob o qual o Governo de Cabo Verde vem trabalhando desde há alguns anos a esta parte, tendo já implementado várias medidas para ajudar a “mitigar” esse sofrimento e ajudar a melhorar as suas condições de vida.

Complexa, porque segundo o Primeiro-Ministro, uma resolução definitiva desta situação envolverá os governos de Portugal e de São Tomé, pois que tem a ver com “contratações feitas nas décadas de 40 e 50”, e que “não foram devidamente acauteladas” a quando da Independência dessas ex-colónias (Cabo Verde, São Tomé e Príncipe). Daí que Neves entende que “é preciso continuar a trabalhar envolvendo, de um lado o Governo cabo-verdiano e o Governo de São Tomé e de outro lado esses dois governos e o governo de Portugal”. Aliás, já aquando da última visita de José Maria Neves a São Tomé e Príncipe, o Governo cabo-verdiano teria lançado um repto para uma negociação entre os três países.

Neves recorda ainda algumas das medidas tomadas pelo seu Governo a favor dessa comunidade radicada nas duas ilhas do Equador, nomeadamente a atribuição de um complemento de pensão que deverá ser aumentado nos próximos anos.

O Governo de Cabo Verde, sob a gesta de José Maria Neves, conseguiu ainda resolver a situação desses contratados que durante a época colonial viam os seus salários reduzidos por via dos descontos ao governo colonial e que durante muitos anos não receberam a “devida contrapartida” pelos descontos realizados graças a uma resolução deste Governo o Banco de Cabo Verde pôde pagar a essas pessoas esses descontos devidos com juros e correcção monetária        

Entretanto, o Primeiro-Ministro reconhece que há muito a fazer para tirar essas pessoas da situação de “muita precariedade” e “extrema pobreza” e de “indignidade” em que muitos ainda vivem, sempre em articulação com os outros dois governos mencionados.