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França terá novas representações diplomáticas

Respondendo a uma demanda há muito exigida pela comunidade cabo-verdiana em França, o Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou a abertura de novas representações diplomáticas neste país europeu.

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“O Governo decidiu abrir um consulado-geral em Nice, para cobrir a zona sul, onde estima-se ter em torno de vinte a vinte e cinco mil cabo-verdianos. Um número que gera a superconcentração que existe hoje, na Embaixada de Paris, que torna o processo dos serviços consulares, uma gestão quase impossível”, avançou o Primeiro-Ministro, considerando que existe uma enorme procura para um serviço pequeno, em termos de organização.

Para o Primeiro-Ministro, a ideia é conseguir um serviço eficaz e mais próximo – “As pessoas percorrem grandes distâncias, dentro da França, para resolver os seus problemas, muitas vezes de extrema importância para as suas vidas, como emissão de bilhetes de identidade, registos de nascimento ou tratamento de processos de casamento” – explica.

Nesta ordem, vai colocar-se um cônsul-honorário, com algumas atribuições administrativas, em Amiens, onde concentra um número alargado de cabo-verdianos, com o objetivo de responder à grande expectativa dos emigrantes.

Em relação ao novo embaixador, em França, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Felipe Tavares, que acompanha o Primeiro-Ministro nesta missão, garantiu que o processo está em curso – “Procuramos uma pessoa disponível, aberta à comunidade e que promova uma diplomacia económica” – assegura o Governante, avançando que no primeiro semestre do próximo ano, o novo embaixador ou embaixadora, estará a entregar as suas cartas credenciais e França terá nova representação diplomática.

Aproveitou igualmente para informar, que muitas das reivindicações dos emigrantes começam a ser resolvidas – “A emissão de passaporte, no qual encontramos um processo moroso, em que se levava seis meses a um ano, para se resolver, o Governo conseguiu reduzir para 15 dias, mínimo e máximo 30 dias”.

Outro trabalho que será feito, para o ano, é a criação de um Call-Center e de um serviço online, que permite às pessoas, à distância, marcarem as suas audiências e serem sempre atendidas, com o objetivo de colocar os serviços consulares mais próximos da comunidade.

A comunidade esteve bem representada, no encontro, com dezenas de cabo-verdianos e descendentes, que ouviram atentamente, as respostas às suas preocupações, e constrangimentos.”