Justin Tyson explicou, durante o encontro do FMI com a Comissão Especializada de Finanças e Orçamento e a Comissão Especializada de Economia, Ambiente e Ordenamento do Território, que o crescimento económico em Cabo Verde foi “muito mais alto” do que o programado para o ano de 2021. Neste sentido, sublinhou que esse feito deveria deixar Cabo Verde “muito orgulhoso”.
“Cabo Verde deve sentir orgulho do seu crescimento económico neste período de três anos, após a pandemia da COVID-19, considerou o representante do Fundo Monetário Internacional (FMI)”, Justin Tyson, nesta quinta-feira, 21.
Justin Tyson explicou, durante o encontro do FMI com a Comissão Especializada de Finanças e Orçamento e a Comissão Especializada de Economia, Ambiente e Ordenamento do Território, que o crescimento económico em Cabo Verde foi “muito mais alto” do que o programado para o ano de 2021. Neste sentido, sublinhou que esse feito deveria deixar Cabo Verde “muito orgulhoso”.
“O programa foi decidido basicamente no início da recuperação após a COVID-19 e foi com um olhar pessimista para o crescimento económico em muitos lugares, mas, de fato, em Cabo Verde, a economia voltou muito mais fortemente do que esperávamos”, destacou.
Cabo Verde alcançou esse crescimento, segundo indicou, devido às políticas implementadas em torno da atividade económica, das receitas fiscais e da performance fiscal. Nos programas fiscais, explicou Justin Tyson, o foco principal foi a redução progressiva da dívida, que estava num nível muito alto, em torno de 150% do PIB, e a rápida criação de ‘buffers’ para colocar Cabo Verde num caminho “mais sustentável”.
“Essa redução da dívida foi principalmente contingente à mobilização de recursos internos, e nisso foi extremamente bem-sucedida. A dívida caiu muito mais rapidamente do que foi originalmente projetado, e a performance fiscal foi forte”, mencionou.
O representante do FMI considerou, entretanto, que a economia cabo-verdiana ainda precisa de “muitos investimentos produtivos”, especialmente para aumentar o capital, enquanto Cabo Verde mantém a dívida em um “caminho controlado”.
Outro componente do programa foi garantir que a dívida dos mais vulneráveis fosse protegida, mesmo com a consolidação fiscal. Segundo Justin Tyson, esse objetivo também foi alcançado.
Adicionalmente, mencionou que, para o ano de 2025, a intenção é continuar a reduzir a dívida e, consequentemente, impulsionar a economia de Cabo Verde.
Com a Inforpress