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FMI considera: Economia cabo-verdiana permanece forte

O Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgou uma nota no passado dia 24 de Janeiro de 2007, onde considerou que o desempenho económico de Cabo Verde permanece forte, apoiado por políticas macro-económicas prudentes e pelas reformas estruturais em implementação, após a primeira revisão do Instrumento de Apoio a Políticas (PSI) para o País.

O Instrumento de Apoio a Políticas (PSI) de Cabo Verde é destinado a ajudar o país a responder às oportunidades e aos desafios associados à sua graduação do estatuto de país menos desenvolvido das Nações Unidas (LDC) em 2008. O programa busca reduzir os riscos macro-económicos, fornecer uma margem da segurança contra os choques exógenos e equacionar a perspectiva de um declínio a longo prazo do apoio externo em condições altamente concessionais.

“O desempenho económico de Cabo Verde permanece forte, apoiado por políticas macro-económicas prudentes e pelas reformas estruturais em implementação”, segundo o sub-Director do FMI, Murilo Portugal. O crescimento económico, “já bastante robusto”, está sendo reforçado por aumentos significativos no turismo e no investimento externo directo; a inflação deve permanecer baixa a médio prazo. “As políticas fiscais e monetárias estão direccionadas para reduzir substancialmente a dívida doméstica e impulsionar as reservas externas”, acrescentou.

No entanto, “se Cabo Verde pretende realizar seus objectivos económicos a médio prazo é crucial assegurar um fornecimento estável da energia eléctrica e da água e por um preço razoável”, adiantou Murilo Portugal. Nesse sentido, o acordo alcançado entre a empresa de electricidade e água e a Agência de Regulação Económica sobre um mecanismo automático do ajuste para tarifas da electricidade e da água é bem-vindo. O mecanismo de ajuste dos preços de combustível a retalho necessita, também, assegurar que os preços domésticos reflectem os preços de importação. No geral, as empresas públicas necessitam operar em moldes comerciais.

“Como pode torna-se cada vez mais difícil assegurar os financiamento em condições altamente concessionais depois da graduação de Cabo Verde do grupo dos países menos desenvolvidos das Nações Unidas em 2008 (LDC), poderá ser necessário desenvolver novas opções de financiamento externo”. “Para garantir que esta maior flexibilidade de financiamento não prejudique a sustentabilidade fiscal ou de endividamento a longo prazo, é necessário reforçar a capacidade institucional de Cabo Verde na avaliação preliminar e implementação de projectos, gestão da dívida e análise da sustentabilidade da dívida”, recomendou Portugal.

Refira-se que Cabo Verde será o primeiro país africano lusófono a ascender ao estatuto de país em desenvolvimento, que reflecte o nível do desenvolvimento sócio-económico das países.