A Fitch Ratings, uma agência internacional de rating, confirmou a 8 de Novembro de 2005, o rating de longo prazo de Cabo Verde em moeda estrangeira em B+. O rating de longo prazo em moeda nacional foi também confirmada em BB-. A perspectiva relativamente aos dois ratings é estável, e o plafond do país foi confirmado em B+.
De acordo com aquela instituição, a notação de longo prazo em moeda estrangeira B+ é suportada pelos progressos alcançados pelo país na reforma da economia, pela redução dos desequilíbrios orçamentais e da dívida pública externa bem como pelo aumento das reservas internacionais.
Segundo uma nota de imprensa do Ministério das Finanças e Planeamaneto, “é também suportada pela estabilidade política de Cabo Verde, sendo esta um factor chave para a atracção de importantes fluxos de investimento externo e para o desenvolvimento do turismo. As notações, contudo, tomam em consideração o défice da conta corrente estruturalmente elevado e o nível relativamente elevado do endividamento externo”.
Deste modo, segundo a Fitch Ratings, a economia de Cabo Verde em 2005 conhece um ritmo de crescimento acima do previsto, beneficiando de receitas substancialmente mais elevadas no turismo, de remessas de emigrantes e de investimento directo estrangeiro crescentes. A referida instituição considera esta evolução como resultado de reformas bem sucedidas realizadas pelo Governo, onde se destacam a melhoria do desempenho dos serviços públicos, a privatização de importantes empresas públicas e os esforços na abertura da economia.
“Resulta também da estabilidade política do país e da ausência de risco cambial, em decorrência do regime de paridade fixa com o euro. Um crescimento robusto da economia combinado com reformas fiscais bem sucedidas, nomeadamente na implementação do IVA, conduziu a uma melhoria significativa do desempenho orçamental em 2004, com um défice de 1,5% do PIB, que por sua vez criou as condições para a redução do endividamento público. Para além disso, as remessas e os depósitos dos emigrantes aumentaram em 2003 e 2004, em resultado de taxas juro elevadas que permitiram o reforço das reservas cambiais” lê-se na nota do MFP.
A Fitch Ratings prevê que a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto se mantenha forte, no curto e médio prazos, conclui a mesma nota.
