De acordo com esta Agencia Internacional de Rating que avalia os mercados de crédito, o nosso país passou de estável a positivo e "se este cenário se mantiver, Cabo Verde será capaz de atingir o próximo nível de classificação".
A avaliação da Fitch Ratings, elaborada com base nos dados da conta provisória referente ao terceiro trimestre de 2007, sublinha que o "crescimento tem sido acelerado, o peso da divida diminuiu e o peg com o euro mostra-se cada vez mais seguro". O PIB Real cresceu pelo menos 7% em 2007, mantendo assim a média dos últimos cinco anos, e espera-se que Cabo Verde mantenha esta forte performance.
De acordo com esta instituição,"a estabilidade política e a boa governação tranquilizou os investidores externos, fazendo prevalecer as deficiências no ambiente de negócios realçadas pelo estudo comparativo feito pelo Banco Mundial. Cabo verde goza de boas relações com os Estados Unidos e com a União Europeia e mantém um diálogo de proximidade com o FMI, no âmbito do acordo PSI".
A Fitch Ratings diz ainda na sua classificação, que Cabo Verde está a afirmar-se como destino turístico, as chegadas ao país quadruplicaram nos últimos 10 anos, alcançando 350,000 turistas em 2007. O investimento directo externo, dominado pelo investimento no sector de construção das infra-estruturas turísticas, valeu 9%-10% do PIB em 2006 e 2007.
Segundo estas informações enviadas pelo Ministério das Finanças, foram feitos avanços na gestão das finanças públicas. Isto é "a cobrança de impostos melhorou e o Governo planeia melhorar a fiscalização dos gastos públicos. O deficit fiscal, incluindo donativos, para 2007 está estimado em 3.2% do PIB. O Governo parou de subsidiar directamente o preço dos combustíveis, limitando o impacto do aumento dos preços internacionais do petróleo".
A Fitch Ratings sublinha ainda que Cabo Verde continua a depender da ajuda externa, em cerca de um quinto dos rendimentos do Estado, o que considera "incomum para um país com o nível de rendimentos que apresenta".
Por último, diz o relatório da Fitch Ratings, os doadores reconhecem as vulnerabilidades económicas de Cabo Verde como sendo um país pequeno dependente da importação de alimentos e combustíveis e sobrecarregados pelo elevado preço das infra-estruturas.