À margem da segunda Reunião dos Pontos Focais Nacionais dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento -SIDS, a decorrer na cidade da Praia, em que foi apresentado o estudo sobre a transição financeira de Cabo Verde (Transition Finance Country Pilot”), o Primeiro-ministro reconheceu, esta quinta-feira, 25, que o estudo reflete muito bem a realidade de Cabo Verde, assim como reflete a de outros Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento que passam pela mesma transição.
À margem da segunda Reunião dos Pontos Focais Nacionais dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento -SIDS, a decorrer na cidade da Praia, em que foi apresentado o estudo sobre a transição financeira de Cabo Verde (Transition Finance Country Pilot”), o Primeiro-ministro reconheceu, esta quinta-feira, 25, que o estudo reflete muito bem a realidade de Cabo Verde, assim como reflete a de outros Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento que passam pela mesma transição.
Ulisses Correia e Silva afirmou que a questão do financiamento do desenvolvimento dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, mormente dos que já se graduaram a Países de Rendimento Medio/PRM, é uma problemática envolta a alguns dilemas, que devem ser adaptados e assumidos por todos.
“Em Cabo Verde sabemos que não podemos sustentar o nosso desenvolvimento na base do endividamento, sobretudo excessivo. Da mesma forma, temos a consciência muito clara de que para conseguirmos se desenvolver temos de apoiar em reformas e transformações estruturais. Por isso, esta transição implica uma participação de todos, do país, que deve assumi-lo como desígnio, ultrapassando os mandatos dos governos, e dos parceiros internacionais numa perspetiva de manter as ajudas para garantir maior eficácia de desenvolvimento e crescimento”, sustentou o primeiro-ministro.
Para o Chefe do Governo, Cabo Verde quer ter um papel relevante na região dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS), onde se situa, para troca de experiências e de uma liderança “que nos parece fundamental dividirmos com outros estados”.
“É uma prioridade estratégica da nossa diplomacia e economia”, reiterou.
Alias, neste sentido, aproveitou para agradecer o apoio das Nações Unidas no processo de desenvolvimento do país, organização com o qual o país partilha do mesmo propósito de que os Pequenos Estados Insulares são realidades diferenciadas e com níveis de vulnerabilidades diferentes.
Somos um país de uma longa história de resiliência, a começar pelo clima, onde chove pouco e de forma irregular, passando pela questão das vulnerabilidades a choques ambientais, disse Ulisses Correia e Silva, sublinhado a prioridade em reduzir a dependência das chuvas e “manter os campos povoados “.
Através da dessalinização da água do mar, da rega gota-a-gota, da utilização de águas residuais e captação de água por perfurações. Pretendemos também reduzir o uso dos combustíveis fósseis, pagamos elevadas faturas. Conforme o Primeiro-ministro, a ambição é chegar em 2030 com uma penetração de 50% ou mais de energias renováveis, assim como pretende-se apostar em carros elétricos, criando incentivos para isso.
Ulisses Correia e Silva concluiu pedindo uma atenção especial à comunidade internacional. “Queremos colocar Cabo Verde na rota do desenvolvimento sustentável com base em fatores que colocam o país a crescer, criar riqueza e reduzir a pobreza, e, por isso, pedimos uma atenção da comunidade internacional neste sentido”.