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Fernando Elísio Freire: Cabo Verde quer ser uma plataforma de prestações de serviços através da CPLP

“Cabo Verde quer ser uma plataforma na prestação de serviços no atlântico, através da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), para a África, América e Europa, bem como conquistar a própria Ásia” ressaltou o Ministro dos Assuntos Parlamentares, da Presidência do Conselho de Ministro e Ministro do Desporto, Fernando Elísio Freire, em declarações à imprensa, no âmbito da sua participação no V Fórum União de Exportadores da CPLP que decorreu de 16 a 17 de dezembro corrente, em Santa Maria da Feira, Portugal.

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Para Fernando Elísio Freire, Cabo Verde tem todas as condições para, relativamente num curto espaço de tempo, poder vir a ser um dos países insulares com nível de desenvolvimento médio mais pujantes e com mais capacidades de crescer, pois tem o turismo em desenvolvimento e aposta agora é valorizar ainda mais os seus destinos turísticos, apostar nas tecnologias e ser uma plataforma da entrada dos países da CPLP na prestação de serviços a nível das tecnologias, da comunicação, dos transportes e das industrias ligeiras.

Hoje a CPLP é uma realidade política e económica, enfatizou o ministro cabo-verdiano no discurso de encerramento da Grande Conferencia “CPLP: Um Mundo de Oportunidades”, um dos eixos principais do referido Fórum. “Política porque queremos fazer da CPLP um espaço de cidadãos, de empresas e de empresários. Para isso, devemos trabalhar pela liberdade de escolher e atuar nos nossos países”, disse o governante, acrescentando que ao adotar o Estatuto do Cidadão Lusófono, Cabo Verde deu um passo decisivo nessa questão, defendendo a livre circulação de cidadãos, empresários e bens no espaço CPLP.

“Nós consideramos que a CPLP é o futuro. Para ter razão de existir, a CPLP tem que ser um espaço de cidadãos, mas também um espaço de organização de negócios e Cabo Verde quer impulsionar esse desiderato para outros países e continentes” realçou. O arquipélago tem estabilidade política e social, previsibilidade fiscal e é um país estável, “por isso queremos que os empresários da CPLP façam negócios através de Cabo Verde e conquistem o mundo a nível da exportação para a CEDEAO, para os Estados Unidos da América (através do programa AGOA) e devido a nossa posição geoestratégica”, explicou Fernando Elísio Freire.

Freire salientou que Cabo Verde pretende ser a porta de entrada no mercado dos EUA e para as diásporas da CPLP a todos os empresários da CPLP, pois tem um acordo preferencial com os EUA, e uma vez que os custos de exportação a partir do arquipélago são mais baixos, apelou aos mesmos a investirem em Cabo Verde e no espaço da CPLP.

Dando exemplos de investimentos, o Ministro ressaltou varias áreas como mais valia, nomeadamente as tecnologias, a prestação de serviços, o turismo, tendo destacado o desporto como um setor (a exportação de serviços desportivos) que poderá ajudar Cabo Verde a afirmar-se no mundo.

Pretendemos articular várias políticas para que a CPLP seja, também, um espaço de desenvolvimento de negócios e da afirmação da língua portuguesa no mundo, prosseguiu o Ministro, avançando que Cabo Verde vai assumir a presidência da CPLP daqui a dois anos e quer desenvolver, afirmar e mostrar ao mundo uma CPLP dinâmica, um espaço de partilha de afetos e de negócios, para que as condições de vida das pessoas melhorem, com acesso ao rendimento, ao emprego.

O V Fórum da UE – CPLP que decorreu em Santa Maria da Feira, Portugal é uma iniciativa conjunta da União de Exportadores da CPLP e da Confederação Empresarial da CPLP e teve por objetivo constituir uma verdadeira plataforma de negócios e de cooperação, geradora de condições para a criação e consolidação de um espaço permanente de apoio à atividade ao empresariado lusófono, estimulando trocas comerciais e internacionalização.

Durante os dois dias de programação, o Fórum teve as vertentes empresariais, institucionais e culturais, representativas dos diferentes segmentos do mercado CPLP e foi constituído por quatro eixos principais: – Seminários temáticos; – Reuniões Business to Business; – Grande Conferencia “CPLP: Um Mundo de Oportunidades”; – Espaço Mostra (empresarial e cultural).

No encontro estiveram representadas mais de 1.800 entidades, entre organismos públicos e privados, empresários dos nove Estados-membros da CPLP, dos países observadores da CPLP, representantes de países convidados e organizações internacionais.