O Ministério do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território, para assinalar o Dia Mundial do Habitat, realiza de 06 a 12 deste mês, no átrio do Palácio da Assembleia Nacional, uma exposição fotográfica sobre várias acções desenvolvidas no quadro do Programa “Casa para Todos”.
Em declarações à imprensa, o coordenador do programa Pró Habitar, Francisco Livramento, explicou que se trata de um “projecto participativo”, tendo em conta que contou com a participação das populações alvo. De acordo com aquele responsável, a exposição visa mostrar as actividades desenvolvidas até ao momento pelo Ministério do Ambiente Habitação e Ordenamento do Território (MAHOT), no quadro do programa que tem por objectivo proporcionar aos cabo-verdianos moradias condignas.
“O MAHOT tem trabalhado para que as populações tenham acesso a uma casa digna, com vários programas em andamento, nomeadamente, “Habitar Cabo Verde com dignidade”, que faz parte do “Programa Casa para Todos”, “Pro Habitar” e “Reabilitar”, indicou, salientando que tem procurado também criar actividades geradoras de rendimento nas respectivas comunidades.
Segundo Francisco Livramento, a exposição realiza-se no âmbito do “Dia Mundial do Habitat”, que se assinalou esta segunda-feira, 06 de Outubro, revelando ainda, que o “Programa Casa Para Todos” foi um processo participativo e vai ao encontro do lema das Nações Unidas que é “Vozes dos assentamentos informais”.
Perguntado sobre o destino das casas já construídas no quadro do Programa “Casa para Todos”, aquele responsável disse acreditar que até o final do ano, as pessoas já vão estar a morar nas suas casas, encontrando-se, neste momento, o processo na fase jurídica e de regularização.
Tratando-se de um programa realizado pela primeira vez em Cabo Verde, Francisco Livramento reconhece a existência de falhas, mas que os responsáveis têm feito tudo para corrigir esses erros. Admite, no entanto, que todas as críticas são bem-vindas.
Por sua vez, em declarações à Inforpress, a coordenadora das Nações Unidas para os Assentamentos Urbanos (ONU-Habitat) em Cabo Verde, Janice da Silva, afirmou que a exposição mostra a dinâmica do país em aumentar o acesso à habitação que, para a ONU, é um direito fundamental, como todos os direitos humanos. Para Janice da Silva, as fotografias retratam a satisfação das populações em fazer parte do “Programa Casa para todos” que, pelo nome, é bastante “desafiador”, porque num primeiro momento, não é para todos mas, compreende que o primeiro passo foi dado na questão do acesso à habitação.
“Para nós, a urbanização é irreversível e a estratégia é trabalhar com as populações dos assentamentos informais, ou dos bairros informais e dar oportunidades e vozes as comunidades”, referiu.
A exposição conta com 80 fotografias de todo o processo do “Programa Casa para Todos”, e estará patente ao público, durante uma semana, no “hall” da Assembleia Nacional.
A ONU designou a primeira segunda-feira de Outubro de cada ano para sensibilizar os estados membros a reflectir sobre o estado das suas vilas e cidades e como promover uma habitação adequada para todos.
A ideia ainda é a de levar esta mostra de fotografias a outros pontos da Cidade da Praia e do país.
