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EUA: “A nossa missão para com a Diáspora é ao serviço de Cabo Verde” – Ulisses Correia e Silva

Depois de discursar na 72ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, acompanhado do Ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Luís Filipe Tavares e pelos Embaixadores em Washington DC, Carlos Veiga, e em Nova Iorque, José Luís Rocha, rumou a Nova Jersey, esta sexta-feira, 22, onde foi recebido pela comunidade cabo-verdiana residente nesta zona.

vista cmunida

Ulisses Correia e Silva aproveitou o momento para “reafirmar” os compromissos do seu Executivo para com as comunidades cabo-verdianas emigradas, como forma de desenvolver as relações externas. De acordo com o Primeiro-Ministro, as relações externas do Governo estão assentes em valores e princípios fundamentais, com os quais o país tem vindo a afirmar-se, nomeadamente a estabilidade política, estabilidade social, institucional e outras, que a diáspora pode ajudar na sua promoção.

“É importante que Cabo Verde se distinga por ser de fácil relacionamento com o mundo e como aquele que cria relações de confiança com os outros. Esse é nosso maior ativo que a nossa Diáspora pode ajudar a fazer a diferença”, considerou Ulisses Correia e Silva, lembrando que, assim como foi um sucesso visitar Atlanta, graças à diáspora cabo-verdiana muito bem integrada, o mesmo acontece em Boston, Nova Jersey, Califórnia, Florida e em outras partes do mundo onde há comunidades de cabo-verdianos.

“Lá onde temos comunidade, temos presença de Cabo Verde. É esta mais valia que devemos explorar ainda mais”, considerou.

É com esta pretensão, acrescentou Ulisses Correia e Silva, que se realiza a “Gala Cabo Verde de Sucesso”, que visa reconhecer o mérito dos cabo-verdianos e descendentes de cabo-verdianos residentes na Diáspora que se distinguem nas mais diversas áreas.

Vista comunidade

Para além das remessas dos emigrantes, “que são muito importantes”, “precisamos de remessas de conhecimento, de capacitação e de know how da nossa diáspora”, disse, garantindo que, enquanto Governo, vai criar todas as condições neste sentido. Ou seja, de receber conhecimentos, seja na cultura, na medicina, na política, na educação, na tecnologia, nas universidades, e outras áreas, que o país apresenta algum défice e precisa vê-lo complementado.

“Os compromissos do Governo são esses, criar ambientes favoráveis, para que possamos ver os nossos cabo-verdianos a participar, empreender, organizarem-se e a fazer as coisas acontecerem. Porque a nossa missão é ao serviço de Cabo Verde.” assegurou.

Por outro lado, Ulisses Correia e Silva aproveitou para mostrar que Cabo Verde tem futuro e que os emigrantes devem acreditar nisso. Para o Primeiro-Ministro, o desenvolvimento é uma construção humana em que cada um pode dar a sua contribuição. “Costumo dizer que, nem os robôs, nem as infraestruturas, conseguem o desenvolvimento, esse é fruto do trabalho das mulheres e dos homens”.

Para terminar, o Chefe do Governo afirmou que com Estados Unidos já se definiu uma posição muito clara, por ser um país com relações seculares com Cabo Verde, graças à sua diáspora, que se prende com o desenvolvimento muito forte de alianças.