Ao presidir a abertura, neste sábado 29 de abril, da Conferência internacional “Um Olhar sobre as crianças e jovens com paralisia cerebral em Cabo Verde. Perspetivas Futuras”, organizada pela associação ACARINHAR, para celebrar os seus 16 anos da sua existência, o Secretário de Estado Adjunto da Saúde, Evandro Monteiro, estimou que em Cabo Verde existem cerca de 2 mil pessoas com paralisia cerebral e menos da metade é conhecida.
Ao presidir a abertura, neste sábado 29 de abril, da Conferência internacional “Um Olhar sobre as crianças e jovens com paralisia cerebral em Cabo Verde. Perspetivas Futuras”, organizada pela associação ACARINHAR, para celebrar os seus 16 anos da sua existência, o Secretário de Estado Adjunto da Saúde, Evandro Monteiro, estimou que em Cabo Verde existem cerca de 2 mil pessoas com paralisia cerebral e menos da metade é conhecida.
Disse ainda que os dados demostram que a nível mundial existem aproximadamente 17 milhões de pessoas que vivem com Paralisia Cerebral (PC) e 350 milhões que estão intimamente ligados a uma criança ou um adulto com esta deficiência.
“No nosso país estimam-se que existem entre 1 a 2 mil pessoas afetos de Paralisia Cerebral em que menos da metade é conhecida. 87% sobrevivem até os 30 anos e quase 85% das pessoas que passam os 20 anos sobrevivem até 50. A taxa de incidência da PC é de 3 em cada 1000 nascimentos, sobretudo ligados á condição de hipoxia, sendo que as principais causas de morte estão ligadas ás afeções respiratórias, digestivas e oncológicas, demostrando os desafios inerentes quer nacional como internacionalmente”, disse Evandro Monteiro.
Neste sentido, avançou que o Estado de Cabo Verde, através do Ministério da Saúde, vem reforçando de forma progressiva as estruturas hospitalares para se poder diagnosticar atempadamente e corretamente as afeções do Sistema Nervoso Central (infeciosas ou não), fazer o seu adequado tratamento, com equipas multidisciplinares (Fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiologos, nutricionistas, pediatras, etc.), na sua diferenciação, evitando consequentemente sequelas ligados e indiretamente reflexos na qualidade de vida do paciente e da família.
Evandro Monteiro afirmou também que os indicadores de saúde têm demostrado este esforço com a inclusão das pessoas com paralisia cerebral, nomeadamente a taxa de mortalidade infantil e materna, os investimentos feitos nos recursos humanos para que se possa perceber cedo das anomalias durante o período de parto e fazer o seu correto seguimento.
Segundo o Secretário de Estado, a inclusão vai para além do cuidar por necessidade, mas sim consiste no reforço das habilidades individuais, potencializar as capacidades e permitir que as pessoas exerçam as suas individualidades.
Não obstante aos investimento e ganhos elencados, Evandro Monteiro, disse que o Governo está ciente das necessidades cada vez mais acrescidas no próprio reforço da vigilância que se deseja, no seguimento e continuidade dos cuidados domiciliares e comunitários, no reforço das ações ligadas ao empoderamento das famílias e da sustentabilidade económica, na participação direta das famílias nas medidas e das próprias responsabilidades, com vista a diminuição das vulnerabilidades no seio da comunidade e com isso continuar a construir um Cabo Verde cada vez mais inclusivo.