Cabo Verde “está num bom momento”, declarou o Primeiro-Ministro, no seu discurso de abertura do debate sobre o Estado da Nação, ocorrido na sexta-feira, 29 de Julho, apesar do cenário de crise internacional que acrescenta aos desafios enfrentados pelo país, até agora com sucesso.
Durante a sua intervenção, José Maria Neves fez uma exaustiva análise do desenvolvimento do país nos diferentes domínios, para mostrar que Cabo Verde continua a crescer (a 5.6%) e a desenvolver-se, “apesar da mais profunda crise internacional dos últimos 75 anos, que obriga países à recessão económica e financeira”
Desde o aspecto político em que o país, afirma, “está cada vez mais democrático,” passando pela sua infra-estruturação que permite dizer que Cabo Verde “está cada vez mais moderno”, sem esquecer o aspecto social que, destacando o sucesso do programa da luta contra a pobreza e outros aspectos da política social e, também, em relação à educação implementadas por este Governo, têm servido para o maior desenvolvimento destas ilhas.
A questão energética é outro destaque na intervenção do Primeiro-Ministro, que sublinha os muitos milhões investidos e os muitos investimentos a serem feitos, por exemplo, em matéria das energias renováveis e que permitem acreditar que até meados de 2012, “os cortes de energia estão com os dias contados”.
Também a problemática das contas públicas do país foram aqui abordadas, em que Neves assegura que “o Estado da Nação é de boas contas”, porque “justificadas, transparentes e coerentes”, com um forte empenho da governação para o controlo das contas públicas.
A manutenção do défice orçamental em níveis muito abaixo dos 13.6 por cento programados no Orçamento para 2010, tendo-se quedado pelos 10.9 por cento, isso graças, aponta ao aumento das despesas de investimentos, principalmente nas infra-estruturas. Investimentos esses “fundamentais para a construção da competitividade nacional de longo prazo”.
Ainda em matéria das contas públicas, mais concretamente da dívida externa, o Chefe do Executivo destaca que o país continua a financiar-se com juros inferiores a dois por cento, “um deficit coerente e aceitável”, defende. Isso para acrescentar que o Estado da Nação, em matéria das contas públicas, é de “credibilidade e accountability”.
A problemática da segurança, a necessidade de aumentar a competitividade e a qualidade dos serviços forma outros temas desta abordagem do Estado da Nação que afirma Neves, não é “nem tudo rosa” e “nem tudo negro”, é antes de um país que continua na senda do desenvolvimento, mesmo com as dificuldades e os desafios que se impõem vencer.
Para ver o discurso na íntegra vá à página dos Discursos ou clique aqui: DISCURSO SOBRE O ESTADO DA NAÇAO