Os cursos são de nível 3, o que exige como pré-requisito de candidatura o aluno ter o 10º ano de escolaridade. Os recém-formados cumpriram 1.200 horas de aprendizagem, incluindo o estágio, que deve ser de, no mínimo, 320 horas.
O Coordenador do Projecto EHTCV, Carlos Lima, salientou que esta fase foi de grande importância na construção da Escola e que a experiência foi decisiva para o futuro, sobretudo quanto ao enquadramento técnico e divulgação dos cursos.
A Cooperação Luxemburguesa financia o projecto e o seu representante, Thierry Lippert, afirmou que a Lux Development vai continuar a parceria com Cabo Verde e prova disso é que já está firmado o compromisso por mais quatro anos com o MTFSS e o IEFP para a prestação de assessoria técnica, além da construção da residência estudantil, anexo à EHTCV.
A Ministra da tutela, Madalena Neves, salientou que este projecto é fulcral para Cabo Verde, já que é direccionado ao principal sector de crescimento do país – o turismo. Por isso, todo o investimento na qualificação dos recursos humanos que irão sustentar o seu desenvolvimento, tendo em vista a qualidade, a diversificação e a excelência.
Por outro lado, a EHTCV faz parte do sistema integrado de educação, formação e emprego, que tem como foco principal os jovens. Neste sentido, a formação profissional já está em todos os concelhos do país, através do IEFP, a rede física foi alargada durante todos esses anos, a oferta formativa foi diversificada (com especial atenção às áreas que dão suporte ao turismo), foram formados um grande número de formadores, o que permitiu ao Governo mudar a perspectiva que as pessoas tinham da Formação Profissional.
A Escola
A Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde foi criada por uma portaria conjunta do Ministério do Trabalho, Formação Profissional e Solidariedade Social e do Ministério da Educação e Ensino Superior em Novembro de 2008, e está sob a superintendência do Instituto de Emprego e Formação Profissional, IEFP.
A EHTCV tem um Conselho Consultivo composto por dois membros nomeados pelo Ministro responsável pela área da formação profissional, sob proposta do IEFP, um representante do Ministério da Educação e Desporto, um representante do Ministério Turismo, Indústria e Energia, um representante da Cabo Verde Investimentos, um representante do Ministério das Finanças (Plano), um representante da Câmara de Comercio do Turismo (UNOTUR), um representante da Associação das Agências de Viagens e Turismo e um representante da Associação Nacional dos Municípios.
As obras estão em fase final de construção. O começo das actividades em estrutura própria está previsto para o início de 2011. O investimento total é de 7 462 000 euros.
A Escola terá capacidade para acolher 800 alunos em formação inicial e contínua nas profissões do sector da hotelaria (recepção e governança), da restauração (restaurante/bar e cozinha/pastelaria) e turismo (técnico de agências de viagens e guia/animador).