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Esclarecimento sobre a acumulação de água na barragem de Flamengos

Conforme o Presidente da ANAS, Claudio Santos, Trata-se de um fenómeno natural que ocorre em muitos sítios sempre que as condições hidrogeológicas permitirem a formação de correntes de água subterrânea, que podem fluir à superfície, dando lugar às nascentes. Dependendo de fatores naturais, leva sempre algum tempo para a percolação da água após as chuvas e para o ressurgimento ou reforço das nascentes. No caso em concreto, levou cerca de 3 meses, após as chuvas.

A Agência Nacional de Água e Saneamento – ANAS, convocou hoje a imprensa para prestar esclarecimentos sobre o surgimento de água na albufeira da barragem de flamengos e a gestão das barragens.

Conforme o Presidente da ANAS, Claudio Santos, Trata-se de um fenómeno natural que ocorre em muitos sítios sempre que as condições hidrogeológicas permitirem a formação de correntes de água subterrânea, que podem fluir à superfície, dando lugar às nascentes. Dependendo de fatores naturais, leva sempre algum tempo para a percolação da água após as chuvas e para o ressurgimento ou reforço das nascentes. No caso em concreto, levou cerca de 3 meses, após as chuvas.

“É bastante compreensível a estranheza ou admiração das pessoas por este fenómeno ocorrer no período seco. E a barragem de Flamengos situa-se a jusante da nascente. Construída para reter grande quantidade de água das cheias no período de chuvas, o que, infelizmente, ainda não aconteceu desde a sua construção devido às secas, a barragem vem agora, no período seco, reter a água da nascente ressurgida. Formou assim uma acumulação da água que, conforme medição feita pela ANAS, atingiu 4m de altura”, disse.

O Presidente da ANAS esclareceu ainda que nenhuma barragem se encontra sem gestão e desvalorizada, pelo contrário foi efetuada o desassoreamento parcial de Poilão e foram realizadas importantes obras de adução em Faveta, Figueira Gorda e Saquinho, reabilitação de estragos em Canto Cagarra com investimentos que ultrapassam os 250 mil contos. De salientar, ainda, a execução de toda a construção da Barragem de Principal e do sistema de adução de água a jusante para as parcelas agrícolas

“A Agência Nacional de Água e Saneamento é responsável para assegurar diretamente ou, através de outras entidades, a gestão das infraestruturas hidráulicas construídas pelo Estado. Isto inclui, obviamente, as barragens, cuja gestão vem sendo asseguradas com envolvimento das delegações do MAA, na perspetiva da passagem desta gestão, gradualmente, à empresa Água de Rega. É caso de Principal e Faveta”.

Fora da situação descrita em Flamengos, a qual tem 4 metros de coluna de água agora proveniente da nascente, o estado de funcionalidade e de reserva de água nas restantes barragens é a seguinte: duas (2) cheias (a de Principal e de Canto de Cagarra), duas (2) parcialmente com água (Saquinho 20% e Faveta 45%) e as restantes secas (Poilão e Figueira Gorda por falta chuvas e Salineiro e Banca Furada dado a falhas técnicas na sua construção.