Os vários representantes dos países e instituições internacionais acreditados em Cabo Verde responderam sim, afirmando, todos a sua solidariedade e o seu compromisso em ajudar o país, e particularmente a ilha do Fogo a enfrentar a situação difícil porque passa, por força da erupção vulcânica, sobretudo os mais de mil desalojados de Chã das Caldeiras.
Esta garantia foi dada no final desta manhã pelo Primeiro-Ministro, à saída de uma reunião de pouco mais de uma hora, no Palácio das Comunidades com os diplomatas e representantes os países e essas instituições.
O Governo e as autoridades envolvidas poderão assim reforçar os meios humanos e materiais e poder, assim, proporcionar melhores condições aos desalojados que estão nos centros de acolhimento em Monte Grande (São Filipe), Achada Furna (Santa Catarina) e nos Mosteiros. “Saio da reunião com o comprometimento de toda a comunidade internacional, no sentido de apoiar Cabo Verde”, sublinha o Primeiro-Ministro.
A previsão é que se tenha de reforçar as condições e meios nos centros de acolhimento para receber mais pessoas, sendo que as últimas informações eram de pouco mais de 3 centenas de pessoas acolhidas no geral.
Para além disso, há uma lista de necessidades imediatas que deverão ser consideradas e supridas pelos parceiros estrangeiros, entre os quais casas de banho portáteis, macas, ambulâncias, camiões para o transporte de águas e combustíveis.
Contudo, começam já a chegar alguns apoios imediatos, nomeadamente medicamentos de campanha, equipamentos para a protecção civil, meios de comunicação e um helicóptero e que chegarão na terça-feira a bordo de uma fragata da marinha portuguesa, juntamente com especialistas e fuzileiros navais para apoiar as operações do sistema de protecção civil.
Também, desde a quarta-feira à noite já estão no terreno uma equipa de sete especialistas das Canárias para ajudar na monitorização da actividade vulcânica, sobretudo na medição da toxidade dos gases e poeiras do vulcão.
E há ainda os apoios de médio e longo prazo que “estamos a estruturar” para que possamos garantir o alojamento definitivo das pessoas, a compensação das famílias pelas perdas e desenvolvimento do fomento de actividades geradoras de rendimento. Isso, acrescenta, “para garantir que as pessoas se integrem na sociedade”. Daí que tenha sido uma reunião “muito produtiva”.
A articulação com a comunidade internacional para esses apoios, da parte cabo-verdiana, deverá ser feita através do MIREX, sendo responsável o ex-Ministro das relações Exteriores, Jorge Borges. Pela parte das representações internacionais a coordenação será feita pela representante das Nações Unidas, juntamente com a União Europeia para que toda essa operação de envio dos apoios possa ser feita de forma mais eficaz.