Cabo Verde possui uma tradição piscatória muito forte, com o setor a desempenhar um papel preponderante no processo de desenvolvimento socioeconómico do país, responsável por 80% das exportações. Requerendo, portanto, uma séria planificação dos indicadores ligados ao género, através da criação de programas onde as mulheres têm mais acesso ao crédito, têm visibilidade e têm papéis de liderança.
Cabo Verde possui uma tradição piscatória muito forte, com o setor a desempenhar um papel preponderante no processo de desenvolvimento socioeconómico do país, responsável por 80% das exportações. Requerendo, portanto, uma séria planificação dos indicadores ligados ao género, através da criação de programas onde as mulheres têm mais acesso ao crédito, têm visibilidade e têm papéis de liderança.
Nesta senda desenvolveu-se, em parceria com a FAO, as estratégias de género para o sector das pescas, apresentado em Mindelo, nesta segunda-feira. Um documento estratégico que responde ao Programa de Governo da X Legislatura, bem como, aos principais instrumentos de planificação, nomeadamente o PEDS e o Plano Nacional de Igualdade de Género 2022/2025, que visa o empoderamento das mulheres nos sistemas alimentares e reforço das capacidades locais.
Para o Ministro do Mar, que presidiu a cerimónia de apresentação da Estratégia de Género nas Pescas em Cabo Verde, as mulheres têm um papel preponderante no sector no desenvolvimento do sector, não só das pescas, mas no sector marítimo no seu todo. “Cada vez mais encontramos mulheres na formação das várias categorias de marítimos em Cabo Verde, e é algo que mostra que, naturalmente, com o desenvolvimento do país essa divisão estanque de tarefas no setor das pescas poderá diluir-se completamente.
As mulheres têm um papel importante na etapa de comercialização. Estamos a trabalhar vários projetos para reintroduzir técnicas antigas de conservação do pescado, onde também as mulheres, lado a lado com os homens, desempenham um papel fundamental não só na produção, na transformação, mas também na comercialização.
Por isso, é necessário investir nas mulheres, na sua formação, terem maior acesso a outros instrumentos de gestão do próprio setor, trabalhar para o seu empoderamento efetivo, pois quando se empodera uma mulher no sector das pescas, empodera-se toda uma nação”, declarou o Governante.
A apresentação da Estratégia de Género, que esteve a cargo da Delegada do Ministério do Mar, para região sul, Vera Gominho e de Cláudia Rodrigues, da FAO, contou com a presença do Ministro do Estado, Família e Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, da Representante da FAO em Cabo Verde, da Presidente do ICIEG – Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género, e Representantes de instituições públicas e privadas, Associação de Pescadores e de peixeiras, e ONGs ligadas ao sector.
