O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, considerou hoje que as medidas em relação à protecção do país contra a possibilidade de um surto de Ébola estão a ser tomadas e geridas com a “necessária flexibilidade”, para que o país possa ser solidário com os países da região onde já foram registados casos de infecção com o vírus da doença, ao mesmo tempo que “fazer de tudo para proteger o país”.
José Maria Neves teceu estas considerações no final desta manhã à comunicação social, mediante o questionamento se o governo iria manter o Senegal na lista dos países com limitação de acesso às nossas fronteiras a limitação da fronteira após a notícia da cura do único caso de infectado com o vírus naquele país vizinho.
O Chefe do executivo realçou que tal medida foi tomada por um período de três meses e que deverá manter-se até o final desse período. “Durante os três meses a decisão vai vigorar. E de acordo com a evolução da situação nós iremos gerir esta questão”, sublinha.
Entretanto, Neves deixa a garantia de que o Governo tudo está a fazer para proteger os interesses do país, neste caso contra um surto de Ébola e esclarece que todas essas medidas estão a ser geridas com a “necessária flexibilidade” por forma, também, a “não perturbar” as relações com os outros países da região.
Isto porque, acrescenta, “a nossa intenção não é prejudicar a circulação, porque interessa-nos a circulação e é por isso que não fechamos as fronteiras. É manter a circulação, não descriminar ninguém e ser solidário com os países onde há Ébola, mas tentar fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para proteger o país e evitar que a Ébola entre em Cabo Verde”.
E amanhã no Conselho de Ministros que acontece às 09H00, a problemática do Ébola será certamente uma das questões em análise juntamente com um conjunto de medidas para os próximos meses. Os desenvolvimentos sobre esta reunião amanhã após a conferência de imprensa do Conselho de Ministros.