O Secretário de Estado Adjunto do Ministro de Estado, Carlos Monteiro, realçou nesta quarta-feira, 13 de novembro, que para garantir melhores condições no futuro do mercado de trabalho, estas terão de ser acompanhadas de “medidas a tomar de imediato”, a nível mundial.
O Secretário de Estado Adjunto do Ministro de Estado, Carlos Monteiro, realçou nesta quarta-feira, 13 de novembro, que para garantir melhores condições no futuro do mercado de trabalho, estas terão de ser acompanhadas de “medidas a tomar de imediato”, a nível mundial.
A afirmação do governante foi em jeito de sugestão a uma das recomendações que poderão sair da Academia Internacional sobre “o futuro do trabalho e os empregos do futuro”, que decorre, de 13 a 15 de novembro próximo, na Cidade da Praia, cujo objetivo é partilhar ideias e tendências sobre o futuro do trabalho, contribuir para os desafios mais prementes e discutir soluções sustentáveis.
Ao presidir o ato de abertura do evento, Carlos Monteiro começou o seu discurso por transmitir alguns tópicos para reflexões devidamente enquadradas pelo último relatório da comissão global da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que referiu a questão do futuro do trabalho, especialmente, para a juventude, destacando a proposta daquela organização de uma agenda laboral baseada no homem, na dignidade da pessoa humana.
A referida agenda, conforme avançou o Secretário de Estado, é constituída por alguns eixos, nomeadamente o aumento do investimento nas capacidades das pessoas, através da formação contínua; a capacidade que cada governo terá em investir em políticas que ajudem os trabalhadores a passar por essa fase de transição com a quarta revolução industrial que se vai acelerar num futuro muito próximo.
Outros eixos apontam para o respeito à equidade do género e, sobretudo, a garantia a proteção social universal desde início até ao fim da vida laboral e depois do período da reforma.
“Temos de encontrar um equilíbrio para que políticas devem ser reforçadas, sempre tendo em conta que deve ser um direito a assegurar a todas as pessoas que é a proteção social” salientou Monteiro, realçando o investimento nas instituições do trabalho.
O Secretário de Estado aproveitou o momento ainda para deixar uma nota de desmistificação àquilo que começa a aparecer para a nossa juventude “um bicho de sete cabeças” que é como será o futuro para os jovens no emprego.
“A inteligência humana e as competências humanas vão continuar a fazer a diferença no futuro do mercado do trabalho”, conforme considerou Carlos Monteiro, para quem, nesta lógica há que se colocar a questão de como utilizar esse crescente e muito acelerado desenvolvimento tecnológico para podermos ter um crescimento sustentável que será necessariamente inclusivo.
“Ou seja, englobando todos, melhorando as condições de trabalho para os jovens e mais velhos, melhorando a nossa cobertura na proteção social e também contribuindo para que o crescimento económico respeite a questão da economia azul e verde, porque o crescimento sustentável terá que respeitar necessariamente os oceanos e as questões ambientais”, frisou.
Refira-se que a Academia, organizada pelas Nações Unidas, tem como público alvo os jovens empreendedores, jovens líderes, membros da comunidade universitária, líderes institucionais do sector do emprego e da formação profissional e representantes de empregadores, bem como trabalhadores.
O evento reúne especialistas com vasta experiência internacional e nacional em políticas de emprego jovem, empreendedorismo, economias – digital, verde e azul – que partilharão as ideias mais recentes sobre estes temas, proporcionando aos participantes os conhecimentos necessários para enfrentar os desafios de um mundo do trabalho em constante mudança e evolução, e aprofundar a aprendizagem sobre vários temas e perspetivas em áreas específicas.