O batuco invadiu, hoje, 31 de julho, vários pontos da ilha de Santiago e da ilha do Maio.
6 município, 6 grupos de batuco para a elevação e valorização deste género musical secular de Cabo Verde, num ato simbólico preparado pelo Governo de Cabo Verde, através do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas.
“O objetivo principal destes momentos preparados hoje é o de estarmos no meio das pessoas e levar a arte para as pessoas. E não existe melhor lugar para trazer o batuco, no dia de hoje, como o mercado do Platô”, afirmou a Diretora Geral das Artes e das Indústrias criativas, Vandrea Monteiro.
Para além da cidade da Praia, outros grupos de batuco estiveram em São Miguel, Santa Cruz, Santa Catarina, Cidade Velha e Porto Inglês para celebrar o Dia Nacional do Batuco.
“Trazer o batuco às pessoas já é uma celebração. No ano passado realizámos, em Assomada, Santa Catarina, o Maior Terreru di Batuku di Mundu, com mais de 600 batucadeiras de toda a ilha de Santiago”, afiançou ainda a DGAIC para quem todos os dias são de celebração da nossa arte e cultura, sendo que a efeméride sempre pede uma evento ou um movimento mais simbólico.
O batuco combina poesia, voz, música e dança. Gerado a partir do saber popular, da oralidade, redunda numa prática social, simultaneamente, ritual e ato festivo, prenhe de conteúdo cultural, expressão de uma identidade própria.
O Dia Nacional do Batuco foi institucionalizado pela Assembleia Nacional, por voto unânime dos deputados presentes em março de 2021.
A data, 31 de julho, foi escolhida para que batucadeiras, músicos, intérpretes, fazedores do batuco e toda a Nação cabo-verdiana celebrem este género musical, género tradicional da ilha de Santiago, mas, também, um património nacional.
Esta institucionalização vem juntar-se ao trabalho de inventário que o Instituto do Património Cultural (IPC), enquanto entidade com incumbência de salvaguarda deste género musical e prática social, vem realizando.