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Dia Mundial da Saúde Mental: Promovendo o Direito Universal à Saúde Mental

A cada ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) designa o dia 10 de outubro como o Dia Mundial da Saúde Mental. Essa é uma iniciativa global que tem como objetivo sensibilizar o público para questões relacionadas à saúde mental e mobilizar esforços para apoiar aqueles que enfrentam desafios nesse campo crucial. Em 2023, a OMS escolheu o tema “A Saúde Mental como um Direito Humano Universal” para ampliar a conscientização e incentivar ações que defendam o direito à saúde mental para todas as pessoas.

Em Cabo Verde, a Direção Nacional da Saúde, em parceria com outras instituições, está comprometida em marcar esta data de forma significativa. Com várias atividades de destaque estão planejadas para comemorar o Dia Mundial da Saúde Mental.

Na manhã de hoje, 10 de outubro, a Escola Secundária Manuel Lopes – Calabaceira abriu suas portas para uma atividade especial. Essa iniciativa, organizada pelo Programa Nacional de Saúde Mental em colaboração com o Serviço de Inclusão Educativa e Promoção da Cidadania da Direção Nacional de Educação, tem como objetivo promover a valorização da saúde mental, desmistificar conceitos equivocados sobre doenças mentais e informar sobre as opções de apoio disponíveis. Embora essa ação seja voltada para os alunos de todas as escolas do Ensino Secundário na capital do país, seu propósito é sensibilizar e fornecer informações práticas sobre como apoiar pessoas que enfrentam desafios de saúde mental, especialmente os jovens.

Diretora Nacional da Saúde, Ângela Gomes, destacou a escolha dessa escola como local central para o evento, ressaltando que essa decisão faz parte de uma estratégia planejada pela Direção Nacional de Saúde. A ênfase recai sobre a importância da saúde mental em todas as idades e fases da vida, com um foco particular nas escolas e nos adolescentes. Reconhecemos que a saúde mental deve ser uma prioridade nas famílias, e isso será complementado por atividades em todo o país.

A diretora nacional enfatizou que já contam com uma presença significativa de profissionais de saúde mental em várias estruturas de saúde, tanto a nível nacional quanto nas regiões sanitárias. A equipe inclui psicólogos e assistentes sociais, pois compreendem que o cuidado com a saúde mental deve ser abordado de forma abrangente e integrada. Além disso, existem equipes especializadas para atender grupos prioritários, como grávidas, adolescentes, pacientes com HIV e aqueles com doenças crônicas.

“Em 2020, foram realizadas mais de 18.000 consultas de saúde mental apenas nos cuidados primários de saúde, com quase 3.000 pacientes registados nas delegacias de saúde. No entanto, reconhecemos a necessidade de fortalecer ainda mais nossas equipes, expandir suas especializações e criar serviços específicos para atender às diversas necessidades dos pacientes” frisou.

A visão da Direção Nacional da Saúde inclui a especialização de técnicos de saúde, principalmente enfermeiros, na área de saúde mental comunitária, com foco em intervenções dentro das comunidades. Isso é especialmente relevante dada a crescente importância das famílias e das escolas. A pandemia amplificou os desafios relacionados à saúde mental, com um aumento de 25% nos sintomas de estresse, ansiedade e depressão em todo o mundo. Portanto, é essencial aprimorar nossas intervenções e, como o ministro afirmou recentemente, 2024 será o ano da promoção da saúde mental.

A diretora nacional também destacou a importância de promover mensagens positivas e o autoconhecimento entre adolescentes e jovens, juntamente com o desenvolvimento de habilidades interpessoais. A vida apresenta desafios, mas também momentos felizes, e é fundamental aprender a lidar com ambos. A sociedade, as estruturas de saúde e as famílias devem fornecer apoio e orientação quando necessário, além de tratamentos adequados. A prevenção do suicídio é uma preocupação crítica, e estamos comprometidos em evitar seu aumento, especialmente entre os jovens.

Por fim, a diretora enfatizou a importância da promoção de um estilo de vida saudável e da redução do uso de substâncias psicoativas e álcool, que podem afetar a autoestima e a autoconfiança. Reconhecemos a importância de abordar o uso de substâncias ilícitas e psicotrópicas. É essencial concentrar-se na prevenção e no tratamento oportuno para garantir o bem-estar mental de todos.