Este dado foi apresentado hoje, 02 de março, pelo Ministro da Saúde, Jorge Figueiredo, durante a abertura do Workshop de Formação de Tutores do Programa de Treinamento em Epidemiologia de Campo de Cabo Verde (EpiCV).
De acordo com o Ministro, desde 2021, ano em que o programa foi iniciado, já foram formados mais de 90 epidemiologistas de campo, que estão presentes em todos os concelhos/municípios de Cabo Verde.
Este Workshop de Formação de Tutores do Programa de Treinamento em Epidemiologia de Campo de Cabo Verde, liderado pelo Instituto Nacional de Saúde Pública, marca também a abertura da 7ª turma deste programa em Cabo Verde e representa mais um passo significativo para o país, sendo um investimento contínuo do Ministério da Saúde na capacitação de profissionais.
Jorge Figueiredo afirmou ainda que a necessidade de um sistema de vigilância epidemiológica robusto é particularmente evidente em um país como Cabo Verde, que enfrenta a chamada “dupla carga” de doenças crônicas não transmissíveis e doenças infecciosas.
“Só nos últimos 12 anos, enfrentamos mais de uma dezena de epidemias, incluindo uma pandemia global. Este mês, celebraremos o nosso primeiro ano desde a certificação de Cabo Verde como país livre do paludismo pela OMS, e estamos em um momento crucial, preparando-nos para a certificação da eliminação da transmissão vertical do HIV e da sífilis. Estamos agora saindo de mais uma epidemia de dengue.
E é exatamente por isso que Cabo Verde tem feito investimentos significativos na construção de um sistema de saúde mais organizado e resiliente, o que nos permite enfrentar com maior eficácia os desafios sanitários que surgem”, avançou.
De salientar que este programa de formação de epidemiologistas de campo é uma iniciativa do INSP, que conta com a parceria da ProEpi – Brasil e, este ano, com o apoio do Banco Mundial. O programa visa fortalecer a capacidade dos serviços de saúde por meio da capacitação dos profissionais em epidemiologia aplicada e resposta a emergências de saúde pública. Em Cabo Verde, a EpiCV tem desempenhado um papel fundamental na preparação de epidemiologistas de campo, contribuindo para a segurança sanitária nacional e regional.
