No painel dedicado “Modelos Democráticos e Crescimento Económico no Espaço Atlântico”, o titular da pasta da cultura e das indústrias criativas e mar adiantou que como exemplo de democracia em África, Cabo Verde tem tido partidos maduros que sempre souberam aceitar o escrutínio popular, através do voto livre e independente
O Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, defendeu que é preciso procurar novos modelos de democracia, durante a sua participação, por vídeo, no “XI Encontro “Triângulo Estratégico: América Latina – Europa – África”, a convite do Instituto para a Promoção da América Latina e Caraíbas (IPDAL).
A conferência que acontece entre hoje, 23 de fevereiro e amanhã, 24, escolheu como tema principal a “Democracia em crescimento”.
No painel dedicado “Modelos Democráticos e Crescimento Económico no Espaço Atlântico”, o titular da pasta da cultura e das indústrias criativas e mar adiantou que como exemplo de democracia em África, Cabo Verde tem tido partidos maduros que sempre souberam aceitar o escrutínio popular, através do voto livre e independente, apesar dos contextos que muitas vezes podem colocar em causa a utilidade do sistema democrático.
“Contudo, o povo cabo-verdiano tem demostrado uma certa firmeza quanto aos seus valores e propósitos e quanto à necessidade de mantermos neste sistema em que de tempo em tempo é chamado a escolher os seus dirigentes”, disse.
No entanto, o contexto mundial que se vive neste momento, com a pandemia da Covid-19 e guerras frias, revelam a necessidade de aprofundar o debate e a reflexão sobre a democracia. Deste modo, para o governante é preciso introduzir nas escolas e nas instituições a ideia de serviço público, do rigor e da responsabilidade civil e das instituições. “Democracia nada mais é do que o privilégio de servir o povo em todas as suas dimensões. Muitos pagaram por este privilégio com a sua própria vida”.
Relativamente ao continente africano, o MCIC afiançou que a realidade em África é diferente daquela que se vive em outros continentes, pelo que a análise sobre a democracia que se vive nestes diferentes locais devem ser feitas de forma distinta.
“Precisamos de pensar com mais profundidade novos modelos de democracia, que sirvam as realidades que desde os movimentos independentistas dos anos 60/70 ainda não servem muitos dos nossos países”.