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CPLP manifesta vontade de ver a língua portuguesa como língua de pleno trabalho da Organização Mundial da Propriedade Intelectual

Mais de 278 milhões de pessoas falam o português em nove países e quatro continentes, com projeções indicando que esse número chegará a 380 milhões até 2050.

Como a quarta língua mais falada no mundo, a quinta língua com o maior número de internautas e, ainda, língua mais falada no hemisfério sul, a Comunidade dos Países de Línguas Portuguesa – CPLP, formada por 9 países que também são Estados Membros da Organização Mundial da Propriedade Intelectual – OMPI manifestaram hoje a vontade de ver a língua portuguesa como língua de pleno trabalho da desta organização mundial.

Esta manifestação foi feita por Cabo Verde, através do Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, em representação dos países da CPLP. “Tal empenho corresponde à firme convicção dos nossos países de que o multilinguismo é um dos princípios fundamentais do sistema das Nações Unidas e da OMPI. Este princípio se estende aos tratados administrados pela Organização, embora reconhecendo os regimes linguísticos específicos e as políticas de tradução de cada sistema”.

Por isso, o governante, adiantou, neste discurso oficial, que a CPLP pretende promover uma discussão alargada e baseada em evidências sobre a introdução de novos idiomas em todos os sistemas da OMPI, incorporando metodologias e critérios claros. Fatores como o número de usuários esperados de um idioma específico, com base na atividade de arquivamento atual e projetada, devem ser levados em consideração.

“Esteja certo [Diretor Geral da OMPI] do nosso compromisso inabalável, sob sua estimada liderança, para promover o multilinguismo e elevar o status da língua portuguesa dentro da OMPI”.

Ressalta-se que a Assembleia Geral da OMPI decidiu, durante sua sessão de setembro de 1999, que o português seria usado como língua de trabalho em todas as atividades de treinamento da OMPI envolvendo países de língua portuguesa, conforme consta no parágrafo 112 do documento WO/GA/24/12 e desde outubro de 2000 que permite que os discursos durante as reuniões de assembleias sejam elas, também em português.