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Conferência Internacional “Cidade Velha: O Futuro do Passado”

 

"A Nação cabo-verdiana não tem nenhuma dúvida quanto ao estatuto da Cidade Velha, berço da cabo-verdianidade, laboratório de experimentação civilizacional, ponte que ligou a África ao mundo", disse o Ministro da Cultura, Manuel Veiga, no seu discurso de abertura para quem a referida Conferência serviria como "um exercício para levantar o véu que, eventualmente, poderá estar a esconder o brilho do diamante que o património em causa representa".

A Conferência Internacional que serviu para os conferencistas nacionais e estrangeiros ficarem com uma maior e melhor visão da importância histórica, cultural, patrimonial, social e civilizacional da Cidade Velha, "vai constituir um importante capital para o «plaidoyer» nacional e internacional a favor do reconhecimento mundial pretendido", de acordo com Manuel Veiga.

No seu discurso de encerramento, o titular da pasta da Cultura disse crer que esta Conferência, o Grupo que está a preparar a candidatura da Cidade Velha a Património da Humanidade vai absorver importantes subsídios para o enriquecimento e optimização do dossier em preparação.

O Ministro fez um apelo a todos quantos não estavam presentes na Conferência, mas que reconhecem o valor patrimonial e civilizacional da Cidade Velha; a todos, em nome do Governo de Cabo Verde, que usem do seu conhecimento e da sua influência positiva para congregar a Comunidade Internacional à volta do projecto de reconhecimento da Cidade Velha como Património da Humanidade.

"Do mundo inteiro, Cidade Velha e Cabo Verde esperam: o reconhecimento do humanismo que estas ilhas esculpiram, a partir de fragmentos, de recuperação e de reconfiguração de outros humanismo; esperam ainda a partilha do saber, do conhecimento, da técnica, da ética e da estética de viver na inclusão e no respeito pela diferença e pela diversidade", frisou aquele governante.

Em nome do Governo, em nome da Cidade Velha, em nome do povo cabo-verdiano ficou o compromisso, através do Ministério da Cultura, de continuar a defender e a preservar a nossa história; de esculpir e de modelar o futuro da Cidade Velha e de Cabo Verde, sem hipotecar a cultura, sem destruir a memória; sem comprometer o amanhã.

Refira-se que durante os três dias, foram discutidos temas como "A Atlantisação da Escravatura", "A Problemática da Gestão dos Lugares Históricos" e "O Património Cultural como Factor de Desenvolvimento". (Leia os discursos de abertura e encerramento do Ministro da Cultura no Link dos Discursos/Comunicados)