A Conferênciados Estados Insulares Africanosterminou no dia 17 de Dezembro, na cidade da Praia com resultado satisfatório e avanços consideráveis em relação aos objectivos preconizados. Formalizou-se o Grupo dos Pequenos Estados Insulares Africanos e Madagáscar – SIDSAM – uma Plataforma de concertação, discussão de assuntos de interesse comum; de promoção de vias e formas para ultrapassar as barreiras e de tornar efetivas as recomendações e compromissos existentes a nível regional e global, com os países insulares.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde no seu discurso de encerramento sublinhou que, “entre estes Estados há especificidades próprias, e desafios comuns que se colocam a cada um e que exige respostas próprias e condizentes”,pretende-se que a voz unida do Grupo recém criado reflita na promoção do crescimento económico e cooperação entre os SIDSAM. O objectivo é despoletar o potencial económico de forma colectiva ou individual, incluindo através da União africana.
Espera-se reflexos em áreas relacionadas com as mudanças climáticas, o desenvolvimento de Infraestrutura Regionais e Transacionais; Tecnologias de Comunicação e Conexão Digital, mas sobretudo o Desenvolvimento Marítimo, que é muito importante para os países insulares.
O Representante da Guiné Bissau, em declarações à imprensa manifestou que «A Guiné Bissau sai desta reunião muito satisfeita e confortável com os resultados. Entendemos que a criação de um Estaço de concertação e acção que envolve os pequenos Estados insulares em África é um passo importante. Porque temos situações particulares, precisamos de estratégias especificas para o nosso desenvolvimento, precisamos de ter um tratamento particular, senão uma discriminação positiva em matéria de desenvolvimento”.
O Representante das Seychelles satisfeito com a formalização do Grupo, ressaltou que “agora temos um grupo que estávamos à procura. E o passo importante é termos criado um grupo com uma estrutura oficial, compromissos firmes e bem definidos para o futuro, o que é muito relevante para os países em desenvolvimento” conclui.
“Quando fazemos ações em conjunto é muito mais fácil a nossa voz ir mais longe. Africa é uma única região do mundo, onde os pequenos Estados não tinham uma plataforma comum”, enfatizou o representante de Maurícias, ressaltando a importância do Grupo e fez a comparação com outros grupos organizados existentes no Pacifico e nas Caraíbas, que defendem seus interesses comuns.
Ficou acordado entre os Estados do Grupo, apresentar à União Africana e aos Organismos Internacionais e Parceiros os resultados desta reunião.
Ficou também acordado uma presidência rotativa anual. As Ilhas Comores serão os próximos a acolher o encontro em 2018.