“De dentro para fora”, uma exposição que abre portas na sede da UCCLA e no Centro Cultural Cabo Verde que espelha e explora a arte contemporânea e os artistas nacionais e da diáspora.
“De dentro para fora”, uma exposição que abre portas na sede da UCCLA e no Centro Cultural Cabo Verde que espelha e explora a arte contemporânea e os artistas nacionais e da diáspora.
São 35 artistas que têm as suas obras nesta grande abertura que aconteceu no final da tarde desta segunda-feira, 15 de novembro, e contou com a presença do Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, quem ressaltou a grande produção contemporânea que se poderá contemplar fevereiro de 2022. “Com esta exposição alargamos a dimensão das nossas ilhas e a partir da diáspora Cabo Verde faz-se contemporâneo”, afirmou o titular da pasta da cultura e das indústrias criativas.
Esta é a exposição mais marcante e importante de artes plásticas de Cabo Verde, desde a independência. “Nunca se fez uma retrospetiva tão alargada e tão abrangente daquilo que é a produção cultural ligada às artes visuais em Cabo Verde. Esta é a primeira vez que as artes visuais têm uma espécie de resumo com uma linha cronográfica, cronológica, visão identitária, discurso, catálogo, com alguma qualidade que explica a razão de ser da escolha dos artistas”.
Estão presentes, na exposição da UCCLA: Abraham Levy Lima, Adílio Felsing, Aires Melo, Aniceto Gomes, António Firmino. B.Léza, Carlos Noronha Feio, Carlota de Barros, David Levy Lima, Eduardo Bentub, Fidel Évora, Francisco Vidal, Hélder Cardoso, Jacira da Conceição, Abraão Vicente, José Luís Hopffer Almada, José Luiz Tavares, Kiki Lima, Kuny Mendes, Leão Lopes, Leomar, Luís Levy Lima, Manuel Figueira, Marcelino Santos, Maria Alice Fernandes, Miguel Levy, Mito Elias, Oleandro Pires Garcia, Ovídio Martins, Regina Correia, Ricardo Piedade, Sue Vicente, Tchalé Figueira, Tutu Sousa e Yuran Henrique.
A exposição “de Dentro e Fora ‑ Coletiva de Artistas de Cabo Verde” é um contributo no aprofundamento da reflexão sobre as artes plásticas nacionais de Cabo Verde na contemporaneidade e no contexto não só da Lusofonia, mas também do continente africano e do mundo.
A mostra convida o visitante a refletir sobre a condição transnacional dos artistas de Cabo Verde, um país onde a diáspora tem uma marcante e assinalável dimensão, com repercussão inequívoca nas artes plásticas. Os autores, na sua produção artística, influenciam e são influenciados não apenas pelas suas raízes, mas também por todo o contexto dos novos países onde vivem ou viveram, pelos quais viajaram e onde produziram as suas obras.
Creio que, de certa forma, é uma das primeiras exposições retrospetivas que mostra que Cabo Verde, apesar de ser um país relativamente jovem, é um país com uma grande produção cultural.