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CME avalia impacto das medidas tomadas para fazer face à crise económica no País

 

A Ministra da Economia, Crescimento e Competitividade, Fátima Fialho, que falava em conferência de imprensa após a reunião do CME que analisou a evolução da crise internacional e os seus impactos na economia cabo-verdiana e fez a avaliação estratégica das medidas de política adoptadas pelo Governo para fazer face à crise, adiantou que "esta situação internacional não pode deixar de ter impactos em Cabo Verde dado o grau de dependência do exterior da nossa economia".

Fátima Fialho apontou a redução do investimento directo estrangeiro, das receitas do turismo, a pressão sobre as reservas externas do país e a redução das receitas fiscais como exemplos concretos desses impactos que têm afectado, sobretudo, o sector do turismo e, particularmente, a ilha do Sal.

A Ministra salientou que o CME fez um balanço das medidas anunciadas pelo Governo por ocasião do debate parlamentar sobre a crise internacional, avançando que grande parte se encontra em curso, mas os seus impactos só se farão sentir a médio prazo.

Para o Governo, há uma intenção evidente de instalar na sociedade uma percepção negativa, incentivada por sectores que tentam fazer crer que o Executivo não estará a tomar medidas para fazer face à crise, mas o facto é que "essas medidas anunciadas estão todas a ser implementadas, e terão grandes efeitos na economia, disse Fátima Fialho, acrescentando que "o objectivo é reforçar as condições de sustentabilidade da economia caboverdiana ".

A porta-voz do CME deixou saber ainda que a nível do desemprego, uma das grandes medidas tomadas foi a decisão de aumentar o investimento público em áreas que, para além de proporcionar criação de postos de trabalho, contribuirão para reforçar os factores de competitividade económica do país.

De acordo com Fátima Fialho, a crise tem, também, o seu lado bom, pois permite, por um lado, corrigir fragilidades, algumas de carácter estrutural, que agora se tornam mais evidentes e, por outro, ajuda a "separar o trigo do joio", ou seja, a distinguir quem é o investidor interessado em investir com seriedade e quem só quer especular.