Para o Ministro da Cultura e das Indústrias, Abraão Vicente, durante a cerimónia de abertura deste encontro sobre arte e cultura, “torna-se urgente e necessária alocar o ensino artístico como parte da formação de um ser humano, assim como outras disciplinas curriculares obrigatórias, não apenas como uma atividade extracurricular”.
Para o Ministro da Cultura e das Indústrias, Abraão Vicente, durante a cerimónia de abertura deste encontro sobre arte e cultura, “torna-se urgente e necessária alocar o ensino artístico como parte da formação de um ser humano, assim como outras disciplinas curriculares obrigatórias, não apenas como uma atividade extracurricular”.
Este é um chamado que vem sendo feito pelo ministério que tutela, declarando que é chegada a hora da consciencialização de que os professores de educação artística devem ser especialistas na área, com foco na criação de uma mentalidade e postura artística e cultural mais profissional, desde a tenra idade.
O governante reforçou a extrema importância de termos grupos de estudos sobre a Educação Artística em Cabo Verde, mas importa também uma sensibilização conjunta “pela forma como todas as instituições internacionais têm abordado a questão da educação artística, diminuindo o peso deste no desenvolvimento dos países”.
“E necessário reposicionar o setor da cultura, pois este não é apenas uma área de entretenimento, mas, também, de capacitação, fonte de rendimento, e o consequente desenvolvimento económico de um país, e base para educação e formação humana”.
O programa Bolsa de Acesso à Cultura e o seu impacto nas comunidades é, sem dúvida, um exemplo a realçar, não apenas pela introdução das artes nas comunidades, mas, ainda, pela transformação humana, social e artística que este vem desencadeando.
Outra nota a realçar: não foi a Morna, vertente música, classificada Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO, mas a Morna como prática cultural que pode ser ensinada, cultivada e partilhada e pela sua presença no dia a dia dos cabo-verdianos.
O MCIC, Abraão Vicente, agradeceu pela escolha de Cabo Verde como palco do VII Encontro Internacional sobre Educação Artística, que junta grupos de estudos do Brasil, Moçambique, Portugal e Cabo Verde, considerando “necessário um novo olhar sobre o país, as nossas práticas, a nossa cultura, que só poderá ser materializada tendo gente das artes com instrumentos adequados para falarmos de Cabo Verde numa perspetiva do futuro e do presente”.
Caso do M_EIA, Instituto Universitário de Arte, Tecnologia e Cultura, em Mindelo, um excelente exemplo a anotar. Temos neste momento uma onda de artistas que nasceram da experiência de estudar a arte no seu próprio país”, salientou o governante.
O VII Encontro Internacional sobre o Ensino Artístico – Práticas e Epistemologias do Ensino Artístico na CPLP casos de Cabo Verde – acontece de 4 a 6 de outubro, na Faculdade de Educação e Desporto (FaED), com painéis, debates sobre o Ensino Artístico em Cabo Verde e em Moçambique.
