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Cabo Verde subiu 10 posições no grupo de 181 países mais preparados para dar respostas eficazes às mudanças climáticas

Medido pelo Índice de Adaptação Global de Notre Dame, “Cabo Verde está a melhorar progressivamente a sua capacidade de resposta às mudanças climáticas. Em 2015, Cabo Verde ocupava a posição 79 no grupo de 181 países mais preparados para dar respostas eficazes às mudanças climáticas. Em finais de 2017, Cabo Verde melhorou a posição para 69”, indicou Ulisses Correia e Silva, para quem, é resultado de uma agenda e uma estratégia de médio e longo prazo do Governo, para aumentar a resiliência do país e a adaptação face aos choques externos e às mudanças climáticas.

Medido pelo Índice de Adaptação Global de Notre Dame, “Cabo Verde está a melhorar progressivamente a sua capacidade de resposta às mudanças climáticas. Em 2015, Cabo Verde ocupava a posição 79 no grupo de 181 países mais preparados para dar respostas eficazes às mudanças climáticas. Em finais de 2017, Cabo Verde melhorou a posição para 69”, indicou Ulisses Correia e Silva, para quem, é resultado de uma agenda e uma estratégia de médio e longo prazo do Governo para aumentar a resiliência do país e a adaptação face aos choques externos e às mudanças climáticas.

Neste sentido, Ulisses Correia e Silva apontou as três grandes prioridades da agenda do seu Governo. A Transição Energética para reduzir a dependência do país na importação de combustíveis fósseis e atingir a neutralidade carbónica. A Estratégia da Água e de Resiliência do Setor Agrário para reduzir a dependência do país das chuvas e adaptar os sistemas produtivos no domínio da agricultura e pecuária às novas condições agro-ecológicas de Cabo Verde. E, por último, a Estratégia de Desenvolvimento Rural assente na diversificação da atividade económica nos municípios rurais e na transformação das cidades e localidades rurais em lugares atrativos para viver, visitar e investir.

De acordo com o Primeiro-ministro – que falava esta manhã na abertura do debate mensal, no Parlamento, sobre “Os Desafios de Cabo Verde face às mudanças climáticas e aos choques externos” -, com a estratégia da transição energética pretende-se atingir a neutralidade carbónica prevista no Acordo de Paris, com metas de 50% renováveis em 2030 e 100% em 2040; e 100% de veículos elétricos até 2050. “Temos estado a implementar uma estratégia de transição energética para atingir essas metas, por razões que se prendem com a economia e com o ambiente”.

Cabo Verde pertence ao grupo de países do mundo, profundamente, afetados pela escassez hídrica. Pela sua localização geográfica, o país é prolongamento do Sahel no atlântico e é por isso fortemente confrontado com a aridez climática. Neste contexto, continuou o Primeiro-ministro, a agricultura consome cerca de 70% dos recursos hídricos. É o setor de maior pressão sobre a demanda de água e, ao mesmo tempo, o mais afetado pela sua escassez e pelas mudanças climáticas. Trinta e dois por cento da população cabo-verdiana vive em zonas rurais, sendo a mais atingida no rendimento e no emprego quando se registam períodos de seca severa, como foi o caso dos últimos três anos.

Por esta razão, o governo está a implementar uma estratégia da água assente no aumento da produção de água potável dessalinizada do mar, para o consumo humano; na dessalinização da água salobra para a agricultura; massificação do uso das energias renováveis na produção de água para a agricultura; afetação da água dos furos, poços e nascentes apenas para a atividade agrícola; aumento significativo da reutilização das águas residuais na agricultura; massificação do uso de rega gota-a-gota; aumento da capacidade de prospeção e perfuração a grandes profundidades e no investimento em autotanques para o transporte de água para o consumo doméstico e animais nas zonas mais distantes das fontes de água.

Ainda, conforme Ulisses Correia e Silva, têm sido feitos investimentos para desenvolver o empreendedorismo no mundo rural, modernizar a produção, criar cadeias de valor de determinados produtos, certificar a qualidade de produtos, ordenar e fazer a manutenção de perímetros florestais, promover e preservar a biodiversidade, aumentar o investimento na investigação agrária.

Por outro lado, o Chefe do governo realçou que Cabo Verde enquanto pequeno País Insular, está incluído dentro do grupo dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas, e à semelhança de outros Pequenos Estados Insulares enfrenta sérios desafios de adaptação, associados à disponibilidade de recursos hídricos, segurança energética e processos de desertificação.

Falando do contexto global, disse Ulisses Correia e Silva, o financiamento de projetos de adaptação e mitigação das mudanças climáticas que não provoquem o endividamento excessivo dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento de Renda Média, têm estado em cima da mesa.