Durante o encontro, o Ministro Rui Figueiredo Soares demonstrou a satisfação pelo facto de Cabo Verde figurar-se entre os Estados Membros da União Africana que assinou o Acordo ZCLCA a 21 de março de 2018, em Kigali, Ruanda, e ter já depositado os instrumentos de ratificação na União Africana em 5 de fevereiro de 2022, tornando o 41º país a fazer parte do acordo ZLCCA.
No âmbito da Integração Regional, os Ministros dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, Rui Figueiredo Soares, e o Ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro, receberam na manhã desta quinta-feira, 21, no Palácio das Comunidades, o Secretário-Geral da Zona de Livre Comércio Continental Africana, (ZLCCA), Wamkele Mené.
Durante o encontro, o Ministro Rui Figueiredo Soares demonstrou a satisfação pelo facto de Cabo Verde figurar-se entre os Estados Membros da União Africana que assinou o Acordo ZCLCA a 21 de março de 2018, em Kigali, Ruanda, e ter já depositado os instrumentos de ratificação na União Africana em 5 de fevereiro de 2022, tornando o 41º país a fazer parte do acordo ZLCCA.
O Ministro da Integração Regional manifestou, igualmente, o reconhecimento pelo excelente trabalho que o Secretário Geral vem desenvolvendo em prol da Zona Livre, particularmente nos esforços/negociações em curso, apesar do ambiente pandémico que tem caracterizado o seu mandato, assim como reiterou o desejo de Cabo Verde, – que encara essa visita com muita expectativa, – em participar de “forma ativa”, levando a todos “as nossas especificidades” enquanto arquipélago, e um pequeno país insular em desenvolvimento, mas com uma vontade firme de contribuir para que o livre comércio seja uma realidade em África.
Por sua vez, o Secretário-Geral da ZCLCA, parabenizou o país por ter depositado os instrumentos de ratificação em fevereiro último, sublinhando que a Zona trará muitas vantagens aos Estados membros, gerando economia e criando postos de trabalho.
Já o Ministro que tutela a pasta do Comércio, Alexandre Monteiro sublinhou que a ZLCCA é “extremamente importante” para o desenvolvimento de África e que todos os países podem beneficiar-se desse instrumento. “Neste processo, é preciso dizer que há benefícios e riscos, pelo que os países devem adotar as suas estratégias e encontrar espaço onde possam otimizar os benefícios e mitigar os riscos existentes”, frisou o governante.
O Ministro reforçou ainda que os Pequenos Estados Insulares têm as suas especificidades e procuram nas negociações esses instrumentos para se adequar e adapta-las as suas realidades, no espaço da ZLCCA.
Esta visita do SG da ZCLCA a Cabo Verde, que iniciou ontem, visa explicar as autoridades cabo-verdianas, ao sector privado e a sociedade civil em geral, o essencial dos progressos em curso, no quadro do estabelecimento do Secretariado da ZCLCA e partilhar a sua visão da Zona de Livre Comércio, enquanto principal responsável na supervisão desta que é considerada a maior zona de comércio livre do mundo por número de países, e o mais destacado de todos os projetos emblemáticos da Agenda 2063, da União Africana.
Estabelecido em 2018, a ZCLCA reúne 55 economias africanas, com uma população de 1,3 mil milhões de habitantes e um PIB combinado de 3,4 triliões de dólares. Por área geográfica e número de países participantes, a ZCLCA constitui a maior zona de comércio livre desde a criação da Organização Mundial do Comércio (OMC). Através desta Zona, os países africanos estão a construir um mercado continental único de bens e serviços, facilitado pela circulação de capitais e pessoas, lançando assim as bases para o estabelecimento de uma União Aduaneira Continental. Outros objetivos incluem a promoção do desenvolvimento sustentável e inclusivo, o desenvolvimento industrial e a diversificação.
