Sete das nove ilhas de Cabo Verde são abastecidas parcial/total com água dessalinizada e o Governo precisa conhecer muito bem as premissas sobre a dessalinização de água, porque não temos outra saída senão a dessalinização de água, principalmente para a agricultura irrigada.
O Secretário de Estado para Economia Agrária presidiu ontem a cerimónia de abertura do workshop sobre melhoria das capacidades em matéria de dessalinização em Cabo Verde, que tem como propósito fazer a restituição do inquérito sobre o processo de dessalinização, bem como discutir os grandes desafios que o país enfrenta na dessalinização e preparar as capacidades de investigação e inovação.
Sete das nove ilhas de Cabo Verde são abastecidas parcial/total com água dessalinizada e o Governo precisa conhecer muito bem as premissas sobre a dessalinização de água, porque não temos outra saída senão a dessalinização de água, principalmente para a agricultura irrigada.
Segundo adiantou Miguel Ângelo da Moura, o Programa do Governo de Cabo Verde da IX Legislatura preconiza a transformação do atual modelo de produção agrícola numa agricultura moderna, de alto rendimento económico, voltada á criação valores para a economia e famílias, para o efeito a criação de condições económicas, financeiras, tecnológicas e fiscais para as empresas nacionais ou estrangeiras que se instalarem no nosso país, possam investir na produção e distribuição de água dessalinizada para rega, a custos controlados visando a melhoria do ambiente económico no sector primário.
“Nada melhor do que num ambiente de universidade, com especialistas e investigadores para conhecermos as restrições que a dessalinização coloca. A dessalinização é provavelmente uma das únicas saídas, mas precisamos dominar as restrições e as tecnologias associadas à dessalinização, neste sentido é preciso que as universidades e os pesquisadores dêm inputs ao Governo para definirmos um masterplan sobre a dessalinização de água para rega em Cabo Verde”.
Neste momento o Ministério da Agricultura e Ambiente tem instalado na Ribeira da Aguada, em Santa Cruz, uma dessalinizadora com o propósito de estudar a competência nacional em matéria de dessalinização.
“Instalamos um campo de experimentação, onde o INIDA está a fazer um estudo sobre a tolerância em relação ao sal, tolerância das plantas com diferentes tipos de sal mas também o custo da produção da energia para definirmos a sua viabilidade”, avançou.
Cabo Verde precisa aumentar a sua capacidade e infraestruturas de pesquisa, ter pesquisadores altamente qualificados. O que permitirá aumentar o conhecimento, que por sua vez levará à melhoria da economia, gerando novos produtos, fornecendo soluções adaptadas às nossas ilhas em termos de dessalinização, energias renováveis ou redução de custos operacionais.