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Cabo Verde pede visão holística da situação de todos os membros da CEDEAO para uma comunidade mais justa e mais integrada

Cabo Verde voltou a reiterar o seu compromisso para com a CEDEAO, a 7 de julho, em Nigéria; e garantiu que não poupará esforços para encontrar soluções duradouras aos desafios que ainda persistem.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, Doutor Rui Figueiredo Soares, disse, na cerimónia de abertura da 65ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, querer contar com a sabedoria e a visão holística da situação de todos os membros da CEDEAO para que se possa fixar os melhores caminhos para uma Comunidade mais coesa, mais pacifica, mais justa e mais integrada.

Cabo Verde, o único país insular e arquipelágico da CEDEAO, enfrenta desafios enormes para financiar o seu desenvolvimento e algumas das prioridades estabelecidas pelo Governo foram adiadas, devido aos impactos negativos provocados pela reorientação, em grande medida, de recursos nos países parceiros para suportar os esforços da Guerra com a invasão da Ucrânia pela Rússia e das consequências da pandemia da Covid 19.

Ciente do atraso na transferência da Taxa Comunitária, o Ministro, em nome de Cabo Verde, comprometeu e mostrou-se determinado em procurar uma solução que seja duradoura e sustentável para a nossa frágil situação.

Por conseguinte, congratulou-se com a proposta de organização, proximamente, de uma Cimeira especial, para debater, de forma aberta, franca e responsável, a situação da região e delinear as mediadas que se impõem para promover a construção de uma CEDEAO mais justa, mais equilibrada e mais inclusiva.

Certas reformas e ajustes de política, continuou o Ministro, requerem engenharia institucional e financeira adequadas, adaptadas a novos tempos e novas situações, para que os caminhos a trilhar rumo ao progresso e ao desenvolvimento sejam menos penosos e mais acessíveis para as nossas populações, para que os benefícios sejam homogéneos e que cheguem a todas as comunidades, sem exceção.

“Reconhecemos que as sanções são uma forma de obrigar os Estados membros a respeitarem as suas obrigações, mas achamos que a sua aplicação deva ser criteriosamente ponderada, para não comprometerem ainda mais união e o desenvolvimento da nossa Comunidade”, reiterou.

Foto @CEDEAO