Esta será uma oportunidade para os países africanos e da União Europeia (UE) fazerem um balanço da sua cooperação e analisarem os progressos alcançados com a implementação da estratégia conjunta África – União Europeia.
Os representantes dos 80 Estados presentes, que totalizam cerca de 1.5 biliões de pessoas, deverão adoptar o II Plano de Acção (PA2) para 2011 – 2013.
"Trata-se de uma das relações mais duráveis e estáveis no Mundo" reza o projecto de Comunicado da Cimeira. Assim, num contexto de mudanças essa parceria servirá de orientação para as transformações de que o mundo precisa em várias frentes. Os dois continentes trabalharão conjuntamente em matéria de representação nas instâncias internacionais, em particular no que concerne a reforma das Nações Unidas.
Trabalharão também para promover a paz, a prevenção de conflitos, os direitos fundamentais e a luta contra o terrorismo e contra outras ameaças da criminalidade organizada. De destacar que o sector privado, num clima de negócios apropriado, é posto em evidência para a realização do investimento, a criação do emprego e o crescimento económico, como chave para o futuro.
Cabo Verde que esteve presente no Cairo (2000) e em Lisboa (2007), estabelece também um paralelismo entre a Parceria Africa – Europa com a parceria bilateral que mantém com a União Europeia. Desta feita espera que a Cimeira de Tripoli represente um avanço na Parceria entre os dois continentes nos planos da pilotagem política, do desenvolvimento de acções concretas e em instrumentos de apoio que viabilizem a inclusividade de todos no processo.
Está previsto que a IV Cimeira se realize em 2013, em Bruxelas.
Antecedentes
Em Abril de 2000, os Chefes de Estado africanos e europeus, reunidos no Cairo, decidiram lançar politicamente uma nova etapa no relacionamento da África com a UE, estabelecendo um quadro global fora dos acordos existentes, e visando o diálogo e a cooperação sobre questões políticas, económicas, sociais e de desenvolvimento.
Foi, porém, em Lisboa, em 2007, na 2ª Cimeira, que o relacionamento assumiu uma dimensão estratégica ao ser adoptado pelas duas regiões uma "nova parceria política estratégica para o futuro".
A Estratégia Conjunta África – UE, teve como suporte inicial um Plano de Acção 2008 – 2010 (PA1), em torno de 8 parcerias temáticas: paz e segurança; boa governação e direitos humanos; comércio, integração regional e infra-estruturas; Objectivos de Desenvolvimento do Milénio; energia; alterações climáticas; migração, mobilidade e emprego; ciência, sociedade da informação e espaço.