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Cabo Verde é primeiro da CPLP e CEDEAO e segundo de África em liberdade de imprensa

PM liberdade de imprensaO Primeiro-Ministro, José Maria Neves, reagiu esta tarde, em conferência de imprensa, aos resultados do barómetro 2013 da Organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), relacionado à liberdade de imprensa e que coloca Cabo Verde na 25ª posição entre os 179 países avaliados. O Chefe do Executivo destaca mais uma boa prestação de Cabo Verde que é segundo a nível do continente africano e primeiro da CEDEAO e da CPLP.

Apesar de uma descida em relação ao ano passado, em que era classificado na 9ª posição, o País mantém ainda uma boa classificação (score de 14,33 numa escala de 0 a 100, sendo 0 o ideal e 100 o pior score) entre 179 países avaliados, sendo que Cabo Verde continua nos lugares cimeiros de África (2º lugar, atrás apenas da Namíbia). Inclusive, ao nível das Comunidades de Língua Oficial Portuguesa, é o país melhor avaliado, à frente de Portugal (28º) e Brasil (108º), assim como o é a nível da nossa sub-região, a CEDEAO.

Entretanto, no site dos RSF, não se vislumbram as razões da descida de Cabo Verde no referido ranking, já que “não terá havido nada de excepcional em Cabo Verde que possa justificar”, ponderou o próprio Primeiro-Ministro. Presume-se alguma mudança na metodologia na avaliação dos RSF “ou outro aspecto que tenha acontecido e que teremos de analisar”, não havendo ainda informações mais detalhadas sobre este assunto.

Outro insólito será o caso do Canadá, país famoso em termos das “liberdades e direitos” dos cidadãos e da imprensa que foi reclassificado de 10ª para a 20ª posição, em comparação com o último Índex.

No entanto, é de se referir que Cabo Verde continua à frente de países com forte tradição democrática como os Estados Unidos (32º lugar), a França (37º), Itália (57º), Reino Unido (29º) ou mesmo a Espanha (36º).

José Maria Neves afirmou ainda que, em Cabo Verde, a imprensa é completamente livre, fazendo eco à recente sondagem e relatório da Freedom House, publicado, agora em Janeiro, em consonância com as avaliações da Heritage Foundation, duas organizações altamente credíveis em relação às análises do desempenho democrático dos países e, em particular, da liberdade de imprensa.

Entrementes, em termos dos vários indicadores combinados, Cabo Verde está nos primeiros lugares em termos de liberdades económicas e da transparência na gestão da coisa pública, corolário das várias reformas levadas a cabo pelo Governo, permitindo que o arquipélago passasse de “país parcialmente livre” até meados da década de 2000 para o patamar de “totalmente livre”, a partir de 2012.

Contudo, salienta o Primeiro-Ministro, “não quer dizer que não haja problemas, poderá haver um ou outro problema, mas desde que o Governo tome medidas e garanta as condições favorecedoras da liberdade de imprensa, o país continuará a ser totalmente livre e é isso que nós temos feito”, afiançou.