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Cabo Verde e Portugal exploram novas áreas de cooperação

 

Os dois Governos têm preparado um vasto programa incluído nesta Cimeira Cabo Verde Portugal a se realizar aqui na capital do arquipélago, entre eles a assinatura de vários programas e acordos em diversos domínios como a Educação Superior e no domínio da Ciência e Investigação.

Embora Portugal seja uma das principais parceiras no estabelecimento da Universidade de Cabo Verde, ainda há muito por fazer nessa área, sendo que a cooperação em outros níveis de educação como o EBI "está praticamente esgotado", afirma José Maria Neves.

Segundo o Chefe do Executivo cabo-verdiano, o novo contexto de Cabo Verde como País de Rendimento Médio, bem como o contexto de crise internacional profunda, "a pior dos últimos 80 anos", obriga a novas formas de cooperação e do seu alargamento a outras áreas, entre elas, também, a das energias renováveis, conhecidas as potencialidades do nosso país nessa matéria (Ver também: Cabo Verde e Portugal intensificam parceria).

Nesta última matéria, de acordo com os planos do Executivo cabo-verdiano, a ideia é que até 2015 as chamadas energias limpas correspondam a 30 por cento da capacidade total de produção energética do país, reduzindo não só a dependência dos combustíveis fósseis, mas também o seu impacto negativo na natureza.

Assim, serão assinados importantes acordos na investigação e na produção de energias renováveis. Outra importante área com alguma parceria já existente, a nível da governação electrónica, é a das novas tecnologias informacionais. Neste capítulo, em concreto, Cabo Verde deverá contar com o apoio de Portugal para a concretização do seu programa "Mundu Novu". O Governo de José Sócrates deverá disponibilizar um número, ainda, por definir de computadores para o programa.

Também a nível da saúde o Executivo cabo-verdiano procura a parceria de Portugal para a formação de novas especialidades médicas, sem esquecer também da questão da segurança, incluindo, a "securização" das fronteiras do País.

Esta visita é, portanto, um sinal claro de que os dois Governos estão apostados em reforçar uma cooperação histórica e de que Portugal continua a ser uma das grandes parceiras do processo de Desenvolvimento de Cabo Verde.