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Cabo Verde é o 25º país africano a aderir à Campanha “Zero Paludismo Começa Comigo”

A campanha “Zero Paludismo Começa Comigo” é uma campanha de âmbito continental em prol de uma África sem paludismo, co-dirigida pela Comissão da União Africana e a Rooll Back Malaria que envolve os líderes políticos, personalidades influentes e a sociedade civil para o fim do Paludismo.

O ato de lançamento oficial da Campanha “Zero Paludismo Começa Comigo”, teve lugar hoje 25 de abril, na capital do país, presidido pelo Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, que considerou ser esta mais uma iniciativa que visa reforçar a sensibilização da população e chamar a atenção de que estamos perto de atingir a eliminação do paludismo em Cabo Verde e conseguir, cada vez mais, o envolvimento de todos em prol deste grande objetivo do Governo.

Durante a cerimónia, instituições, ONG’s Sociedade Civil, e pessoas individuais, sector privado, entre outros, assinaram a declaração de compromisso “Zero Paludismo Começa Comigo” e a presentação da Campanha e de seus pilares esteve a cardo do Coordenador Nacional do Programa de Luta Contra as Doenças de Transmissão Vetorial, António Moreira.

A campanha Zero Paludismo Começa Comigo teve origem no Senegal, em 22 abril de 2014, como um movimento de cidadãos nacional para aumentar a consciencialização sobre o paludismo, fazer da eliminação da doença, uma prioridade política e assegurar o compromisso nacional.

Desde então, a Zero Paludismo Começa Comigo transformou-se numa força à escala do continente. Em julho de 2018, baseando-se no sucesso do Senegal, os chefes de Estado e de governo da União Africana (UA) sancionaram a campanha em apoio ao objetivo da União de acabar com o paludismo até 2030, expandindo-a de uma campanha à escala nacional para um movimento pan-africano.

A campanha “Zero Paludismo Começa Comigo” é uma campanha de âmbito continental em prol de uma África sem paludismo, co-dirigida pela Comissão da União Africana e a Rooll Back Malaria que envolve os líderes políticos, personalidades influentes e a sociedade civil para o fim do Paludismo.

A campanha assenta em três pilares: envolvimento político, envolvimento do sector privado e envolvimento das comunidades. Esses pilares estabelecem a base para manter o Paludismo numa posição elevada da agenda política, angariar fundos para apoio do trabalho contra a malária e encorajar todos, desde chefes de Estado a membros das comunidades.

Até à data, 23 países lançaram a campanha “Zero Paludismo Começa Comigo”, estando outros em vias de fazer a sua adesão.

Os países que já efetuaram o lançamento são:

  • Benim
  • Burquina Faso
  • Chade
  • Costa do Marfim
  • República Democrática do Congo
  • Essvatíni
  • Etiópia
  • Gabão
  • Gana
  • Malawi
  • Mali
  • Mauritânia
  • Moçambique
  • Namíbia
  • Níger
  • Nigéria
  • Quénia
  • Ruanda
  • Senegal
  • Serra Leoa
  • Tanzânia
  • Uganda
  • Zâmbia

Como parte da campanha, os países estabeleceram fundos e conselhos nacionais para acabar com o Paludismo e envolveram indivíduos, famílias e líderes políticos, religiosos e empresariais, no sentido de assumirem um compromisso pessoal para acabar com o Paludismo. Outros aumentaram a consciencialização sobre a prevenção do Paludismo através de jovens líderes, jornalistas e artistas.

ALCANÇAR TODOS OS NÍVEIS DA SOCIEDADE

De chefes de aldeia a músicos, presidentes de câmara, administradores executivos, jornalistas, futebolistas, presidentes, parlamentares e trabalhadores de saúde da linha da frente, todos adotaram o movimento Zero Paludismo. A campanha faculta ferramentas de patrocínio, mensagens, gráficos e ensinamentos obtidos para ajudar a defender a eliminação do Paludismo na sua comunidade. Entre os exemplos de impacto local contam-se:

  • Lançamento de uma coligação da comunicação social contra o paludismo na Serra Leoa com mais de 60 jornalistas;
  • Estabelecimento de um fundo para acabar com a malária na Zâmbia a fim de mobilizar financiamento anteriormente inacessível;
  • Organização de coligações parlamentares oficiais no Uganda e na Tanzânia;
  • Marcha de líderes religiosos através de Lusaca, Zâmbia, para promover a consciencialização.

“Zero Paludismo Começa Comigo”