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Cabo Verde cumpre com as metas globais para eliminação dos helmintos transmitidos pelo solo no horizonte 2030

De entre as várias concussões, este inquérito, que foi realizado em 2021, mostrou uma redução considerável da prevalência nacional de parasitose intestinal, que passou de 78,5% em 2012 para 41,3% em 2021, (helmintíases passou de 21% em 2012 para 8,3%). Dados que mostram ausência de helmintos intestinais como problema de saúde pública e que Cabo Verde realizou progressos importantes na luta contra Helmintos Transmitidos pelo Solo (HTS). Neste sentido, de acordo com a coordenadora do inquérito e ponto focal do Ministério da Saúde para saúde escolar, Dulcineia Trigueiros, já não se recomenda a realização campanhas de desparasitação em massa.

Esta foi uma das conclusões do inquérito sobre a prevalência das parasitoses intestinais e distúrbios devido a carência de iodo, cujos resultados foram apresentados hoje, na cidade da Praia, pelo Ministério da Saúde.

De entre as várias concussões, este inquérito, que foi realizado em 2021, mostrou uma redução considerável da prevalência nacional de parasitose intestinal, que passou de 78,5% em 2012 para 41,3% em 2021, (helmintíases passou de 21% em 2012 para 8,3%). Dados que mostram ausência de helmintos intestinais como problema de saúde pública e que Cabo Verde realizou progressos importantes na luta contra Helmintos Transmitidos pelo Solo (HTS). Neste sentido, de acordo com a coordenadora do inquérito e ponto focal do Ministério da Saúde para saúde escolar, Dulcineia Trigueiros, já não se recomenda a realização campanhas de desparasitação em massa.

Registou- se também a presença de protozoários, cerca de 36,1%, o que traduz na necessidade de realização de mais campanhas de sensibilização nas escolas e na população em geral sobre as questões de higiene e saneamento.

Os resultados também mostraram que a prevalência dos parasitas intestinais é maior no meio rural (50,6%) de que no meio urbano (34,8%), são mais prevalentes nas escolas de ensino básico do que no pré-escolar e que a faixa etária mais acometida é dos 6 aos 9 anos, com 45,5%.

Segundo avançou ainda a coordenadora do inquérito, a prevalência de parasitose intestinal foi maior nos estabelecimentos onde o abastecimento da água é feito por chafariz e autotanques.

E onde a água é tratada, o sistema de evacuação de águas residuais é por fossa séptica, não realizaram atividades em matéria de higiene no ano anterior e aqui não há prática de lavagem das mãos antes das refeições e as cozinhas não são adequadas devido a circulação de animais.

Neste sentido, a conclusão do inquérito apontou que, para se agir na prevenção e consolidar os ganho conseguidos, é preciso reforçar constantemente as condições de higiene e saneamento nas famílias e nos estabelecimentos de ensino, nomeadamente lavagem das mãos antes das refeições e após uso das casas de banho, reforçar e/ou adequar a forma de tratamento da água de consumo nos estabelecimentos de ensino, reforçar as ações formativas e informativas desenvolvidas nos estabelecimentos de ensino e através dos meios de comunicação social e elaborar um Plano de ação tendo em vista a manutenção destes ganhos já alcançados.

Distúrbios devido a carência em Iodo

No que se refere aos resultados sobre os Distúrbios Devido a Carência de Iodo (DDCI) os resultados mostraram que o consumo é quase generalizado do sal iodado a nível nacional e que o estatuto iodado da população se normalizou (> 100 µg/l) em quase todos os domínios, exceto na ilha do Fogo.

Outro resultado é que se registou uma redução considerável da prevalência do bócio em todos os domínios, caracterizado como ausência de carência em iodo e que Cabo Verde realizou avanços importantes para atingir os critérios de eliminação dos DDCI enquanto problema de saúde pública.

Não obstante a este ganhos, o inquérito mostrou que existe uma proporção elevada de sal contendo fraco teor de iodo ( <15 ppm por titulação). Neste sentido, o Programa Nacional de Nutrição, aponta algumas recomendações como maior fiscalização nos locais de produção do sal para se garantir que os produtores locais utilizem uma taxa iodação recomendada, maximização das campanhas de sensibilização junto das famílias e comerciantes sobre o acondicionamento e a conservação do sal e maior fiscalização do produto importado.