A existência deste laboratório era uma das recomendações da missão da OMS para pré-certificação de Cabo Verde como livre da transmissão autóctone do paludismo, realizado no ano passado.
No âmbito da preparação da certificação da eliminação do Paludismo, o Programa Nacional de Luta contra o Paludismo da Direção Nacional de Saúde, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cria o Laboratório Nacional de referência para o controlo de qualidade do diagnóstico do paludismo que entrou em funcionamento desde 26 de dezembro de 2022.
A existência deste laboratório era uma das recomendações da missão da OMS para pré-certificação de Cabo Verde como livre da transmissão autóctone do paludismo, realizado no ano passado.
Este laboratório, que se encontra sediado no Centro de Saúde de Tira Chapéu, irá receber as lâminas provenientes dos laboratórios de nível II e III, consoante o protocolo de envio estipulado para leitura e aferição da conformidade do diagnóstico realizado no país. Funciona com 4 técnicos certificados pela ECAMM/OMS.
Há vários anos que as autoridades sanitárias do país, juntamente com seus parceiros têm vindo a trabalhar no sentido de eliminar a transmissão autóctone do paludismo. Desde janeiro de 2018, que não se registou nenhum caso autóctone em Cabo Verde, mantendo, assim, zero caso de paludismo nos últimos quatros anos, o que por si só já coloca o país em situação de pré eliminação da malária.
Em dezembro de 2021, e tendo em conta que o país conseguiu estes indicadores, o Ministério da Saúde apresentou um pedido oficial ao Diretor-Geral da OMS para a certificação de Cabo Verde como País livre de paludismo. Desde então, o país tem recebido várias missões internacionais para avaliar a condição nacional e fazer a preparação para o alcance deste grande objetivo sanitário.
O paludismo ou malária é uma doença parasitária do sangue, provocada por um protozoário do género plasmodium, transmitido através da picada de um mosquito (do género anopheles). É endémica em vários países tropicais, sendo potencialmente fatal se não tratada atempadamente. Na nossa sub-região da África Ocidental, esta doença provoca todos os anos, milhões de mortes.