Em Portugal onde se encontra em visita de trabalho, o Primeiro-Ministro falou à comunicação social portuguesa e cabo-verdiana sobre o processo eleitoral na Guiné Bissau, manifestando grande interesse, como não poderia ser de outra forma, não só pelas relações históricas de amizade e cooperação com aquele país, mas também porque Cabo Verde tem sido o principal actor no esforço conjunto internacional, sobretudo a nível dos PALOP e da CEDEAO de apoio à realização dessas eleições.
"Estamos a acompanhar com atenção, as decisões na Guiné Bissau e estamos a acompanhar com expectativa para ver os resultados e as escolhas do povo guineense", afirma.
Inquirido sobre se a elevada percentagem de abstenção na referida eleição poderia significar um "cartão amarelo" de desconfiança do povo daquele país africano em relação à capacidade dos seus políticos de corresponder às esperanças de transformação da Guiné, Neves responde que:
"O povo guineense tem tido um envolvimento cívico muito grande. A forma como os cidadãos guineenses têm participado no processo político é um exemplo e uma referência para os políticos guineenses".
O resultado das eleições envolveu os candidatos Bakai Sanhá do PAIGC, Henrique Rosa, candidato independente e Kumba Ialá, do PRS.