O encontro que teve como objetivo discutir os desafios transacionais de segurança na Região da África Ocidental, reuniu todos os conselheiros (e altos funcionários) que coordenam as questões de segurança em Burkina Faso, Costa de Marfim, Gâmbia, Gana, Mali, Marrocos, Mauritânia, Níger, Senegal, Serra Leoa, Togo e Cabo Verde.
O Ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, presidiu ontem, 21, aquela que foi a I mesa Redonda dos Conselheiros de Segurança Nacional da África Ocidental. O encontro que teve como objetivo discutir os desafios transacionais de segurança na Região da África Ocidental, reuniu todos os conselheiros (e altos funcionários) que coordenam as questões de segurança em Burkina Faso, Costa de Marfim, Gâmbia, Gana, Mali, Marrocos, Mauritânia, Níger, Senegal, Serra Leoa, Togo e Cabo Verde.
Na sua intervenção, o Governante começou por regozijar-se, pela escolha de Cabo Verde para a realização da primeira reunião de entidades “com responsabilidades cada vez mais importantes nos sistemas de segurança nacional dos nossos países, com uma abordagem proativa, integradora e focada numa abordagem moderna da Segurança Nacional e Regionais, assente na Segurança Humana”.
Apesar da separação territorial com o continente, o Ministro Paulo Rocha afiançou que Cabo-Verde esta totalmente comprometida em “dar passos cada vez mais significativos em direção a uma integração regional crescente, com base no conhecimento mútuo dos desafios e oportunidades enquanto países e enquanto sub-região”.
O Ministro enalteceu os esforços permanentemente das forças de segurança do Burkina Faso, do Mali, do Níger entre outros na luta contra o terrorismo de matriz jihadista, que vem também provocando uma pressão constante em vários outros países.
Relembrou ainda os desafios que o vírus do ébola traz aos países afetados, nomeadamente a Serra Leoa, mas também a movimentação de migrantes por todo o nosso continente, frisando que Cabo Verde tem acompanhado com especial atenção e preocupação, uma vez que coloca os nossos concidadãos especialmente vulneráveis ao tráfico de pessoas, a que acresce o tráfico de armas e drogas, relativamente aos quais o desafio permanente “será impedir que sejam utilizados como plataforma de ligação e que tais fontes de financiamento não continuem a permitir que grupos, perpetuem as suas atividades de desestabilização e de bloqueio ao desenvolvimento dos países da sub região”.
O Setor da Segurança de Cabo Verde, bem como o dos restantes países da África Ocidental, nos últimos anos têm passado por sucessivas e importantes reformas que conforme avançou o governante,“implicam a recentragem do papel das instituições civis e militares do setor, novas competências formativas, novas missões, e acima de tudo, de priorização da componente estratégica da nossa intervenção, sempre subjugada pelo primado da Lei, própria dos Estados de Direito democrático”, concluiu.
O encontro que se realiza de 21 a 22 do corrente mês é uma iniciativa inspirada na reunião dos Conselheiros de Segurança Nacional, realizado em agosto de 2018 no Senegal, organizado em colaboração com o Centro de Estudos Estratégicos para África (ACSS).