A Direção Nacional da Saúde, através do Programa Nacional de Doenças Crónicas Não Transmissíveis, em parceria com o Instituto Nacional de Saúde Pública, a Organização Mundial da Saúde e o Instituto do Desporto e da Juventude, promoveu um Workshop hoje,16 de maio, na cidade da Praia, para marcar o Dia Mundial da Hipertensão Arterial que se assinala a 17 de maio sob o lema “Verifique e controle a sua pressão arterial com precisão, Viva Mais!”
A Direção Nacional da Saúde, através do Programa Nacional de Doenças Crónicas Não Transmissíveis, em parceria com o Instituto Nacional de Saúde Pública, a Organização Mundial da Saúde e o Instituto do Desporto e da Juventude, promoveu um Workshop hoje,16 de maio, na cidade da Praia, para marcar o Dia Mundial da Hipertensão Arterial que se assinala a 17 de maio sob o lema “Verifique e controle a sua pressão arterial com precisão, Viva Mais!”
Este Workshop, para além de reunir profissionais das diferentes áreas de saúde, também contou com a participação de um grupo de crianças da escola portuguesa, dando mote à recomendação de incentivar a promoção da saúde e prevenção de doenças, através do estilo de vida saudável, desde a tenra idade.
A Diretora Nacional da Saúde, Angela Gomes, ao proferir o discurso de abertura, avançou que o Relatório do II Inquérito das Doenças Não Transmissíveis (IDNT II), apresentado no ano 2020, em Cabo Verde, demonstrou que, cerca de 30% da população tem hipertensão, 3,7% tem diabetes e a população consome em média 3,4 porções de frutas e vegetais por dia, uma taxa inferior à média recomendada pela OMS que é de 5 porções por dia.
Disse, ainda, que o mesmo inquérito revelou que a prevalência de tabagismo manteve em 9%, metade da população tinha consumido álcool no último mês em que se realizou o estudo. A população consome o dobro do sal recomendado por dia em grande parte, pelo aumento do consumo de alimentos processados.
E por ser a Hipertensão Arterial (HTA) uma condição multifatorial, com importante influência de fatores genéticos, ambientais e sociais – relacionados ao estilo de vida e por ser frequentemente assintomática, informou que a doença costuma evoluir silenciosamente, causando alterações estruturais e/ou funcionais nos órgãos-alvos, com impactos significativos na qualidade de vida dos indivíduos, sendo o principal fator de risco, para as doenças Cardio-cerebrovasculares, doença renal crónica e de morte prematura.
Em todo o país, várias outras atividades estão sendo realizadas em todas as estruturas da saúde, visando direcionar estratégias efetivas para o controlo da doença em todas as dimensões do atendimento e cuidado, no sentido de reduzir a morbi-mortalidade por HTA.
Segundo avançou Angela Gomes é “momento de unir e reforçar todas as políticas públicas na promoção de dietas mais saudáveis, na prática de atividade física regular, para além do seguimento mais estrito da implementação das leis e regulamentos que visam diminuir os fatores comportamentais, como consumo do álcool e outras drogas, o tabagismo, hábitos alimentares inadequados, que podem salvar vidas e reduzir gastos com a saúde pública.”
Para o represente da OMS em Cabo Verde, Daniel Kertezs é de extrema importância que o país esteja engajado em fazer a vigilância dos fatores de risco das doenças não transmissíveis e garantiu que a OMS tem apoiado Cabo Verde na implementação do pacote de intervenções básicas para as doenças não transmissíveis a nível da atenção primária, onde o diagnóstico e o tratamento da hipertensão estão incluídos na abordagem do risco cardiovascular.
Este ano, o Dia Mundial da Hipertensão Arterial é assinalado com foco no combate às baixas taxas de conscientização em todo o mundo, especialmente em áreas de baixa e média renda, e métodos precisos de medição da pressão arterial.